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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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2 Capítulo 1: Introdução<br />

— com a emergência e ascensão de ideias neo-liberais para o sector público, que caracterizaram o<br />

movimento conheci<strong>do</strong> como New Public Management — como um instrumento viabiliza<strong>do</strong>r para a<br />

então anunciada ―reforma <strong>do</strong> sector público‖. Em Portugal, de acor<strong>do</strong> com os registos existentes, 1<br />

desde 1951 que as tecnologias foram introduzidas na AP, aquan<strong>do</strong> da criação <strong>do</strong>s Serviços<br />

Mecanográficos <strong>do</strong> então Ministério das Finanças, através <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 38 438 de 25 de<br />

Setembro de 1951, com o objectivo de proceder à mecanização de tarefas repetitivas,<br />

nomeadamente o processamento <strong>do</strong>s vencimentos e de outros abonos certos ao pessoal, bem<br />

como alguns serviços da área de Contribuições e Impostos.<br />

Desde que começaram a ser a<strong>do</strong>ptadas na Administração, e ao longo de várias décadas, as<br />

tecnologias foram usadas pelos organismos quase exclusivamente com o intuito de automatizar o<br />

seu funcionamento interno e, assim, aumentar a melhoria <strong>do</strong> seu desempenho [Heeks 2001a]. A<br />

sua utilização era fortemente orientada para a obtenção de ganhos de eficiência, os quais eram<br />

consegui<strong>do</strong>s, fundamentalmente, pela substituição de procedimentos manuais por sistemas de<br />

processamento de da<strong>do</strong>s digitais equivalentes [García-Arribas e López-Crespo 2003; Heeks e Davies<br />

2001; Valle 2003].<br />

Durante to<strong>do</strong> esse perío<strong>do</strong>, o desenvolvimento <strong>do</strong>s sistemas processou-se de forma<br />

autónoma e independente. Os sistemas eram pensa<strong>do</strong>s no seio de cada organismo, com o único<br />

propósito de satisfazer as suas necessidades internas, utilizan<strong>do</strong> diferentes tecnologias e sem que<br />

existisse qualquer preocupação de comunicação e interligação futura a outros sistemas.<br />

Embora os esforços assim efectua<strong>do</strong>s tenham permiti<strong>do</strong> aos organismos obter alguns<br />

benefícios, o facto de estes se focarem quase exclusivamente na automatização de tarefas fez com<br />

que a utilização das TI não tivesse si<strong>do</strong> capaz de produzir outro tipo de vantagens, nomeadamente<br />

no que concernia à melhoria das práticas de trabalho e <strong>do</strong>s processos de negócio <strong>do</strong> sector,<br />

perpetuan<strong>do</strong>, assim, o enorme descontentamento com o funcionamento de toda a ―máquina<br />

administrativa‖: a sua eficiência ainda não era a desejada, a sua eficácia ainda era reduzida e os<br />

serviços presta<strong>do</strong>s ainda apresentavam reduzi<strong>do</strong>s níveis de qualidade. Por este facto, as TI, e a sua<br />

utilização como instrumento de modernização e reforma administrativa, não conseguiam ainda<br />

colher um forte interesse político [Lenk e Traunmüller 2002].<br />

1 Informação retirada <strong>do</strong> resumo apresenta<strong>do</strong> no sítio <strong>do</strong> Instituto de Informática, <strong>do</strong> Ministério das Finanças e da Administração Pública,<br />

relativo à história <strong>do</strong> próprio Instituto e das Tecnologias de Informação na Administração Pública — http://www.inst-informatica.pt/oinstituto/resenha-historica/historia-<strong>do</strong>-ii/Historia_II.pdf<br />

(acedi<strong>do</strong> em 10 de Outubro de 2008).

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