10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

236 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

publicitam junto <strong>do</strong>s cidadãos, é considera<strong>do</strong> um aspecto crucial para o sucesso <strong>do</strong>s projectos de TI<br />

na Administração Pública [Adams et al. 2003; Busson e Keravel 2005a; Realini 2004].<br />

A falta ou insuficiência de vontade política, genuína e sólida, para estas questões, é apontada,<br />

por diversos autores, como um <strong>do</strong>s maiores obstáculos ao progresso e ao desenvolvimento <strong>do</strong><br />

governo electrónico de um país [Adams et al. 2003; EC 2006b; Realini 2004; Srivastava e Teo<br />

2004].<br />

Os problemas decorrentes da falta de vontade política surgem, desde logo, pelo facto de ser o<br />

<strong>Governo</strong> quem define as políticas gerais <strong>do</strong> país. Com efeito, a apresentação de um plano de acção<br />

por parte <strong>do</strong> <strong>Governo</strong>, cujas principais linhas estratégicas não salientem e não reconheçam a<br />

importância das TI no funcionamento, modernização e reforma da Administração, e que não<br />

denotem uma intenção de investir em TI, pode ser um indica<strong>do</strong>r claro de uma falta de vontade<br />

política <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> para estas questões, comprometen<strong>do</strong>, desde logo, muitos <strong>do</strong>s esforços em<br />

curso ou previstos nesta matéria [Evangelidis et al. 2002]. Pelo contrário, a existência, no programa<br />

de <strong>Governo</strong>, de uma aposta forte na utilização das TI, pode ter um efeito motriz e profundamente<br />

impulsiona<strong>do</strong>r deste tipo de iniciativas. Para Santos e Amaral [2003], a existência de liderança<br />

política, clara e assumida, constitui mesmo o primeiro passo para que o desenvolvimento <strong>do</strong><br />

governo electrónico decorra de forma consistente e consequente.<br />

Na opinião de Bannister [2001], quan<strong>do</strong> não existe vontade política favorável, as únicas<br />

forças instiga<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> processo de renovação e modernização administrativa são as que surgem<br />

―de baixo‖, ou seja, da esfera administrativa, situação que o autor considera pouco ideal. Com<br />

efeito, por maior que seja o esforço <strong>do</strong>s profissionais da Administração, estes não conseguem por si<br />

só ultrapassar e remover determinadas barreiras e problemas que se manifestam no decurso<br />

destas iniciativas [CCG 2002].<br />

O patrocínio e o empenhamento <strong>do</strong>s políticos podem revelar-se como elementos<br />

fundamentais a diversos níveis. Para além <strong>do</strong> ponto de vista financeiro, nomeadamente através da<br />

maior disponibilização e canalização de verbas para este tipo de iniciativas, os políticos podem, por<br />

exemplo, tomar decisões horizontais mais facilmente, podem lançar o debate público alarga<strong>do</strong> e<br />

liderar opções políticas relaciona<strong>do</strong>s com aspectos mais controversos como são, por exemplo, a<br />

questão da privacidade e protecção de da<strong>do</strong>s pessoais, e podem introduzir mais facilmente as<br />

mudanças legislativas que se revelem necessárias [Bannister 2001; CCG 2002; OECD 2003b].

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!