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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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234 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

Kinder 2003; Klischewski e Scholl 2006; Lueders 2005] e que o conjunto de standards utiliza<strong>do</strong><br />

seja o mesmo para to<strong>do</strong>s os organismos [Carney et al. 2005; CE 2003b]. Só existin<strong>do</strong> um esforço<br />

por parte <strong>do</strong>s vários organismos para a<strong>do</strong>ptar o mesmo conjunto de standards é que tenderá,<br />

verdadeiramente, a emergir um contexto favorável à interoperabilidade de sistemas na<br />

Administração Pública.<br />

Embora os standards sejam reconheci<strong>do</strong>s como cruciais para a interoperabilidade, a sua<br />

utilização neste processo não constitui uma tarefa fácil, haven<strong>do</strong> vários aspectos que, se não forem<br />

devidamente pondera<strong>do</strong>s e acautela<strong>do</strong>s, acabam por criar sérios problemas para a<br />

interoperabilidade, comprometen<strong>do</strong> seriamente os benefícios que se esperariam alcançar pela sua<br />

utilização.<br />

Alguns desses problemas podem resultar da condução de um processo de selecção de<br />

standards pouco criterioso, que acabe por levar à escolha e a<strong>do</strong>pção de ―maus‖ standards, ou seja,<br />

de standards que não exibem a longevidade, qualidade, autoridade e consenso requeri<strong>do</strong>s para a<br />

verdadeira interoperabilidade [REACH 2004].<br />

A decisão de a<strong>do</strong>ptar standards proprietários, por exemplo, pela dependência que origina, é<br />

normalmente apresentada como uma decisão pouco recomendável em cenários de<br />

interoperabilidade. Note-se, porém, que, embora os standards abertos sejam considera<strong>do</strong>s como os<br />

que melhor promovem a interoperabilidade [UNDP 2007a], sen<strong>do</strong> vários os argumentos aponta<strong>do</strong>s<br />

na literatura em relação à sua utilização em detrimento <strong>do</strong>s standards proprietários [EPAN 2004b],<br />

há áreas em relação às quais, ou por não existirem standards abertos ou pelo consenso e ampla<br />

utilização colhi<strong>do</strong>s por um determina<strong>do</strong> standard proprietário, a decisão acaba efectivamente por<br />

recair na utilização de standards proprietários, com to<strong>do</strong>s os riscos e problemas que tal possa<br />

suscitar.<br />

Outro aspecto problemático, denomina<strong>do</strong> em REACH [2004] por ―efeito cascata‖, refere-se<br />

às implicações e condicionalismos que a a<strong>do</strong>pção de um standard num determina<strong>do</strong> nível<br />

tecnológico pode colocar em relação aos standards que podem ser a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s a outros níveis<br />

tecnológicos.<br />

Um terceiro aspecto, que contribui igualmente para a complexidade <strong>do</strong> processo, é o eleva<strong>do</strong><br />

tempo que é requeri<strong>do</strong> para o desenvolvimento e estabelecimento de standards [EPAN 2004b]. Os<br />

standards, independentemente de serem proprietários ou abertos, têm que evoluir e ser

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