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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 231<br />

disponibilizada pela Administração, quer referente aos seus funcionários, quer referente aos<br />

cidadãos e organizações a quem prestam serviços, tem uma natureza pessoal e privada. Como tal,<br />

é imprescindível que existam mecanismos de segurança que permitam proteger a informação, e os<br />

sistemas de informação, de actos de acesso, utilização, disponibilização, modificação ou destruição<br />

que não sejam os autoriza<strong>do</strong>s [Kraaijenbrink 2002].<br />

As questões de segurança da informação e <strong>do</strong>s SI são, recorrentemente, apresentadas como<br />

uma das principais barreiras ao desenvolvimento <strong>do</strong> governo electrónico [Eyob 2004]. A percepção<br />

que os cidadãos possam ter quanto à inexistência de níveis de segurança adequa<strong>do</strong>s nos<br />

procedimentos electrónicos utiliza<strong>do</strong>s com e na Administração, pode gerar níveis de desconfiança<br />

que acabam por comprometer a utilização destes serviços. Em França, por exemplo, esta questão é<br />

considerada tão relevante para a promoção <strong>do</strong> governo electrónico, que o ―estabelecimento de um<br />

pacto de confiança com o povo francês‖ foi defini<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s quatro imperativos no plano<br />

estratégico para a Administração electrónica (ADELE 93 ).<br />

A instauração de um clima de confiança pode ser consegui<strong>do</strong> pelo recurso a um conjunto de<br />

mecanismos de segurança, que passam não só pela definição de políticas de segurança, que<br />

identifiquem riscos e ameaças e que apresentem directrizes e práticas de segurança para a gestão<br />

<strong>do</strong>s sistemas e para o seu uso legítimo, mas também pela implementação de tecnologias de<br />

segurança, tais como a utilização de passwords, firewalls, ferramentas de monitorização,<br />

ferramentas de análise de segurança e cifra, que permitam minimizar ou detectar intrusões [Carney<br />

et al. 2005].<br />

A implementação de instrumentos de actuação que assegurem a confidencialidade <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s cidadãos, basea<strong>do</strong>s em sistemas de identificação, autenticação e autorização fiáveis, é<br />

considerada essencial para a preservação <strong>do</strong>s níveis de segurança indispensáveis nos SI da AP.<br />

Para além da salvaguarda da confidencialidade, é, também, fundamental a existência de<br />

mecanismos que assegurem a integridade <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s manipula<strong>do</strong>s, garantin<strong>do</strong> que os da<strong>do</strong>s<br />

transacciona<strong>do</strong>s não são alvo de alterações, intencionais ou não intencionais, para além daquelas<br />

que sejam permitidas. É também crucial garantir que a informação e os sistemas de informação<br />

apresentam níveis de disponibilidade adequa<strong>do</strong>s ao bom funcionamento <strong>do</strong>s organismos e à sua<br />

prestação de serviços, deven<strong>do</strong> a informação estar disponível sempre que for necessária. Por fim, é<br />

93 Documento intitula<strong>do</strong> Plan Strategique de L’Administration Electronique 2004-2007, publica<strong>do</strong> pelo Ministère de la Fonction publique, de<br />

la Réforme de l’État et de l’Aménagement du territoire Secrétariat d’État à la Réforme de l’État, em 9 de Fevereiro de 2004<br />

(http://www.oldepractice.com/<strong>do</strong>cument/2777).

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