10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 229<br />

al. 2005]. Esta decisão nem sempre é fácil de tomar, e nem sempre é facilmente aceite pelas<br />

diversas partes, sen<strong>do</strong> frequentes os desentendimentos e as ―lutas‖ entre os organismos<br />

intervenientes, devidas, muitas vezes, à existência de percepção de perda de poder e de prestígio,<br />

conforme já foi aborda<strong>do</strong> na Secção 4.3.19. Segun<strong>do</strong> Larsen e Klischewski [2004], a determinação<br />

de qual o organismo que deve assumir a responsabilidade global <strong>do</strong> serviço constitui uma das<br />

decisões mais importantes e mais complexas deste processo.<br />

Não obstante as dificuldades que se possam colocar, é fundamental que se proceda à<br />

definição e explicitação de qual o organismo responsável pelo serviço como um to<strong>do</strong>, desde logo<br />

para que seja possível estabelecer o ponto de referência institucional desse serviço para o cidadão<br />

[Tambouris et al. 2006].<br />

Para além da decisão de quem é o responsável global pelo serviço, é igualmente crucial que<br />

se clarifiquem e desambigúem os papéis e as responsabilidades de cada um <strong>do</strong>s múltiplos<br />

organismos intervenientes na prestação <strong>do</strong> serviço [DFA 2007; Lam 2005; Larsen e Klischewski<br />

2004; Orain 2005b]. Como referem Gil-Garcia et al. [2007], a falta de clareza <strong>do</strong>s papéis e<br />

responsabilidades é uma questão problemática e constitui outro <strong>do</strong>s grandes desafios que se<br />

colocam no desenrolar de iniciativas que envolvam a operação conjunta de várias entidades.<br />

O que se nota com frequência, porém, é que essas responsabilidades não são explicitamente<br />

identificadas e acordadas entre as partes [Larsen e Klischewski 2004]. Este facto pode causar<br />

sérias dificuldades, nomeadamente em situações em que seja necessário apurar e imputar<br />

responsabilidades quan<strong>do</strong> um sistema está, por exemplo, temporariamente indisponível, ou quan<strong>do</strong><br />

ocorrem problemas e falhas durante a prestação de um serviço [Janssen e Cresswell 2005]. É,<br />

pois, imprescindível que as responsabilidades de cada organismo sejam tornadas claras desde<br />

início, por forma a que se consiga determinar perfeitamente quem é responsável por que actividade.<br />

Os Memoranda of Understanding (MOU) e os Service Level Agreements (SLAs) constituem<br />

alguns mecanismos que têm vin<strong>do</strong> a ser utiliza<strong>do</strong>s como forma de tentar objectivar e formalizar as<br />

responsabilidades e deveres de cada um <strong>do</strong>s organismos intervenientes [DFA 2007; EC 2008].<br />

Mas, também a este nível, a complexidade e dificuldades sentidas têm si<strong>do</strong> significativas. A<br />

definição de SLAs tem-se revela<strong>do</strong> particularmente complicada quan<strong>do</strong> se a<strong>do</strong>ptam arquitecturas<br />

SoA baseadas na implementação de serviços Web. Com efeito, quan<strong>do</strong> a opção tomada é a de<br />

implementar um serviço transversal como um macro-processo, que interliga um conjunto de vários<br />

processos elementares e independentes perfeitamente identifica<strong>do</strong>s de antemão, embora possam

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!