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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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210 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

sector priva<strong>do</strong> [CompTIA 2004], pelo que, é possível aproveitar um vasto conjunto de competências<br />

técnicas e de gestão, já desenvolvidas pelos recursos humanos no sector priva<strong>do</strong>, e que ainda<br />

escasseiam no sector público [EIU 2005; Evangelidis et al. 2002].<br />

No white paper publica<strong>do</strong> pela CompTIA, intitula<strong>do</strong> European Interoperability Framework –<br />

ICT Industry Recommendations, a inexistência deste tipo de parcerias é apresentada como um<br />

factor de risco para a criação de interoperabilidade entre os organismos da AP [CompTIA 2004].<br />

Para os autores, a falta de competência e conhecimento em determinadas matérias, especialmente<br />

no que concerne aos novos desenvolvimentos tecnológicos, pode conduzir os organismos públicos a<br />

tomar decisões que comprometam o sucesso das suas iniciativas, levan<strong>do</strong>-os, por exemplo, a<br />

a<strong>do</strong>ptar tecnologias e standards que não sejam capazes de interoperar com o sector priva<strong>do</strong> ou que<br />

possam tornar-se obsoletos a curto prazo.<br />

Mas, os benefícios que decorrem para o sector público, não se resumem à partilha de<br />

competências e experiências. Outros tipos de vantagens podem ainda resultar, que vão desde a<br />

utilização de infra-estruturas e produtos tecnológicos até ao próprio investimento de capital [NASCIO<br />

2006; N<strong>do</strong>u 2004; OECD 2003b].<br />

Note-se que o envolvimento entre os <strong>do</strong>is sectores não deve ser visto apenas na perspectiva<br />

de ―trazer‖ o sector priva<strong>do</strong> para o sector público. É igualmente recomendável que o sector público<br />

tente envolver-se deliberada e activamente em iniciativas promovidas por entidades não públicas,<br />

como, por exemplo, em iniciativas que visam o desenvolvimento de standards de TI promovidas por<br />

organismos de normalização internacionais, como o OASIS 85 e o W3C 86 [Wechsler 2006].<br />

Refira-se, ainda, que a colaboração com universidades, institutos e outros centros de<br />

investigação e formação pode ser igualmente valiosa, em particular no que se refere ao<br />

desenvolvimento de acções de formação e à utilização de colabora<strong>do</strong>res com conhecimentos<br />

específicos necessários em determinadas matérias [N<strong>do</strong>u 2004].<br />

Apesar <strong>do</strong>s benefícios aponta<strong>do</strong>s às parcerias, alguns autores têm vin<strong>do</strong> a alertar que nem<br />

sempre este tipo de relações são processos salutares e fáceis de gerir [OECD 2001]. Com efeito,<br />

para que os benefícios das parcerias se manifestem, é preciso que haja nos organismos públicos<br />

pessoas com talento e conhecimentos para estabelecer e gerir este tipo de relações. A falta de<br />

85 Organization for the Advancement of Structured Information Standards (http://www.oasis-open.org).<br />

86 The World Wide Web Consortium (http://www.w3.org).

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