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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 207<br />

<strong>do</strong>s poucos peritos que existem nessa matéria raramente serem profun<strong>do</strong>s conhece<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

universo de discurso que está a ser especifica<strong>do</strong>. Ten<strong>do</strong> em conta estes factos, Chen e Doumeingts<br />

[2003] recomendam que a tarefa de conceptualização de uma ontologia deve ser realizada por uma<br />

equipa multidisciplinar, que englobe, quer profissionais <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio das TI que possuam<br />

competências ao nível da representação de conhecimento, quer pessoas com conhecimento e<br />

experiência na área de negócio.<br />

Outra dificuldade deste processo decorre <strong>do</strong> facto de a construção de consensos, acerca das<br />

definições e representações da semântica <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, ser uma tarefa reconhecidamente complexa,<br />

que requer muito esforço humano e um perío<strong>do</strong> de tempo significativo para ser concretizada<br />

[Tambouris et al. 2006]. A obtenção de acor<strong>do</strong> e consenso entre os intervenientes é tão mais<br />

custosa quanto maior for o âmbito e a diversidade <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio em causa [Carney et al. 2005].<br />

Como advertem Jain e Zhao [2004], quan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>mínio de representação é amplo e diverso, a<br />

definição de uma ontologia única, capaz de abarcar integral e pormenorizadamente a totalidade<br />

desse <strong>do</strong>mínio aplicacional, constitui uma tarefa não só dantesca como completamente<br />

impraticável. Uma alternativa que tem si<strong>do</strong> avançada por vários autores, passa pelo<br />

desenvolvimento, não de uma ontologia única, mas de várias ontologias específicas, orientadas para<br />

<strong>do</strong>mínios mais específicos e restritos, que poderão e deverão depois ser relacionadas e articuladas<br />

entre si [Carney et al. 2005; Wiederhold e Jannink 1998].<br />

Uma terceira dificuldade está relacionada com o aspecto técnico das ontologias, ou seja, com<br />

a necessidade de dispor de suporte tecnológico para a definição e utilização das ontologias. De<br />

facto, é imprescindível que as conceptualizações especificadas e acordadas pelos intervenientes<br />

possam ser representadas de uma forma que seja entendível e manipulável computacionalmente<br />

[Sabuceno e Rifón 2005]. Esta preocupação tem si<strong>do</strong> reconhecida pela comunidade científica e<br />

profissional que tem vin<strong>do</strong>, ao longo <strong>do</strong>s últimos anos, a desenvolver esforços no senti<strong>do</strong> de<br />

disponibilizar linguagens que permitam a representação de ontologias. O RDF, o DAML, o OIL, o<br />

DAML+OIL, e mais recentemente a OWL, constituem exemplos de algumas dessas linguagens.<br />

Talvez devi<strong>do</strong> a estas dificuldades, o desenvolvimento de ontologias para o <strong>do</strong>mínio da<br />

Administração Pública seja ainda muito limita<strong>do</strong> e imaturo. Como é realça<strong>do</strong> no white paper<br />

publica<strong>do</strong> pela CompTIA, os esforços desenvolvi<strong>do</strong>s ao nível <strong>do</strong> sector público, no que concerne ao<br />

desenvolvimento de vocabulários e ontologias para o sector, tem-se restringi<strong>do</strong> quase<br />

exclusivamente a discussões de alto-nível, sem abordar de forma detalhada e precisa os significa<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s conceitos manipula<strong>do</strong>s e as relações entre eles existentes [CompTIA 2004], sen<strong>do</strong> muito

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