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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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206 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

4.3.17 Ontologia para o Domínio da Administração Pública<br />

A incompatibilidade semântica, que caracteriza os diversos organismos públicos, foi<br />

apresentada, na Secção 4.3.12 deste <strong>do</strong>cumento, como um <strong>do</strong>s maiores entraves e uma das<br />

maiores fontes de problemas para a criação de uma Administração Pública interoperável. Como<br />

então se argumentou, estas incompatibilidades são responsáveis por uma parte substancial da<br />

complexidade que reveste muitos <strong>do</strong>s esforços enceta<strong>do</strong>s com vista à criação <strong>do</strong> governo<br />

electrónico, ten<strong>do</strong> que ser impreterivelmente resolvidas, por forma a que o significa<strong>do</strong> preciso <strong>do</strong>s<br />

da<strong>do</strong>s que estão envolvi<strong>do</strong>s nas trocas informacionais e na operação conjunta <strong>do</strong>s organismos, seja<br />

correctamente compreendi<strong>do</strong> por qualquer pessoa ou aplicação participante no processo.<br />

Neste contexto de heterogeneidade e incompatibilidade semântica, as ontologias assumem<br />

um papel cada vez mais relevante, sen<strong>do</strong> apresentadas como um mecanismo essencial para a<br />

resolução destes problemas [Carney et al. 2005]. De facto, tem vin<strong>do</strong> a ser defendi<strong>do</strong> e proposto na<br />

literatura, que a existência de uma ontologia, que representasse formalmente os conceitos<br />

relevantes partilha<strong>do</strong>s pelos vários organismos da AP — explicitan<strong>do</strong> as suas definições, significa<strong>do</strong>s,<br />

atributos e inter-relações — permitiria minimizar e contornar muitas das barreiras colocadas pela<br />

existência de incompatibilidades semânticas [Orain 2005a; Sabuceno e Rifón 2005].<br />

Uma ontologia é, segun<strong>do</strong> Harmelen e Horrocks [2000], uma descrição consensual,<br />

partilhada e formal <strong>do</strong>s conceitos importantes de um determina<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio. Como referem Fonseca<br />

et al. [2000], uma ontologia especifica o vocabulário relativo a um <strong>do</strong>mínio de conhecimento,<br />

definin<strong>do</strong> e descreven<strong>do</strong>, de forma concreta e precisa, as várias entidades ou objectos pertencentes<br />

a esse <strong>do</strong>mínio, bem como as relações existentes entre essas entidades ou objectos.<br />

Pelo facto de constituírem especificações explícitas de uma conceptualização de um <strong>do</strong>mínio<br />

ou universo de discurso [Gruber 1993], as ontologias permitem que os conceitos sejam globalmente<br />

defini<strong>do</strong>s e referencia<strong>do</strong>s [Berkovsky et al. 2005], fornecen<strong>do</strong>, assim, um mecanismo útil para<br />

partilhar o conteú<strong>do</strong> semântico de da<strong>do</strong>s e serviços através de aplicações ou componentes de<br />

sistema [Carney et al. 2005].<br />

Embora sejam vistas como um mecanismo promissor para alcançar a interoperabilidade<br />

semântica, a especificação e utilização de ontologias constitui uma tarefa difícil de concretizar.<br />

Segun<strong>do</strong> Carney et al. [2005], uma das dificuldades que se coloca resulta da carência de<br />

profissionais especializa<strong>do</strong>s na representação de conhecimento, o que é ainda agrava<strong>do</strong> pelo facto

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