10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 199<br />

parece imprescindível a existência de um actor capaz de federar e coordenar a complexa rede de<br />

organismos interactuante neste tipo de iniciativas [BFC 2005; Hu et al. 2006; Tambouris et al.<br />

2006].<br />

A importância da existência de alguém, ou de alguma entidade, capaz de exercer a liderança<br />

comum e global da iniciativa, que consiga, nomeadamente, promover e superintender a iniciativa,<br />

motivar to<strong>do</strong>s os organismos envolvi<strong>do</strong>s, gerir eficazmente as diferenças de interesse e de<br />

percepção entre as múltiplas entidades, conduzir convenientemente as negociações entre os<br />

diversos parceiros e assegurar os recursos necessários para a iniciativa, tem vin<strong>do</strong>, de facto, a ser<br />

apresentada em vários trabalhos como um aspecto crucial na concretização de iniciativas<br />

interorganismo na Administração Pública [Akbulut 2003; Garfield 2000; Landsbergen e Wolken<br />

2001; N<strong>do</strong>u 2004; OECD 2003a; Tambouris et al. 2001].<br />

Embora constitua um aspecto fundamental, o exercício de liderança global de uma iniciativa<br />

transversal está longe de constituir uma tarefa simples e linear. De acor<strong>do</strong> com Huxham e Vangen<br />

[2000], a dificuldade desta tarefa reside, em parte, no facto de algumas das suposições e<br />

mecanismos normalmente defendi<strong>do</strong>s e propostos na área da liderança não se aplicarem<br />

facilmente aos ambientes colaborativos. Nestes ambientes, por exemplo, um líder não pode exercer<br />

autoridade formal com base na sua posição hierárquica, como é frequentemente sugeri<strong>do</strong> na<br />

literatura, da<strong>do</strong> o facto <strong>do</strong>s actores envolvi<strong>do</strong>s pertencerem a organizações diferentes [Huxham e<br />

Vangen 2000].<br />

Note-se, porém, que, apesar da importância que assume, a existência de liderança global da<br />

iniciativa não parece ser, por si só, suficiente para garantir o sucesso de uma iniciativa de<br />

interoperabilidade [OECD 2003a; Volkoff et al. 1999]. De acor<strong>do</strong> com a investigação conduzida por<br />

Garfield [2000], é fundamental que a liderança global de uma iniciativa colaborativa seja<br />

acompanhada pela existência de liderança ao nível interno de cada entidade participante. Também<br />

autores como Akbulut [2003] e Gil-Garcia et al. [2005] constataram que a existência de um líder no<br />

seio de cada organismo constituiu um <strong>do</strong>s mais importantes facilita<strong>do</strong>res em iniciativas de partilha<br />

de informação envolven<strong>do</strong> diversos organismos públicos.<br />

A presença de uma pessoa em cada organismo que esteja genuinamente comprometida com<br />

a iniciativa, que perceba os custos e benefícios que podem decorrer para o seu organismo, que<br />

saiba introduzir e ―vender‖ internamente a iniciativa e, muito particularmente, que seja capaz de<br />

gerir o impacto organizacional que possa resultar para o organismo <strong>do</strong> seu envolvimento na

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!