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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 197<br />

em rede [Brodie e Stonebraker 1995]. Por este motivo, uma parte <strong>do</strong>s sistemas actualmente em<br />

funcionamento nos organismos públicos continua a utilizar tecnologias que colocam sérias<br />

limitações à sua integração e operação conjunta, sen<strong>do</strong> ainda relativamente frequente encontrar<br />

sistemas que usam formatos de ficheiros data<strong>do</strong>s, têm limitações na conectividade de rede, são<br />

basea<strong>do</strong>s em arquitecturas monolíticas e usam linguagens de programação arcaicas, que oferecem<br />

poucas opções para invocação de programas externos [Lam 2005].<br />

Evangelidis et al. [2002], por exemplo, constataram, no decorrer da sua investigação, que a<br />

infra-estrutura tecnológica, que existia em alguns organismos, era de tal forma ultrapassada, que se<br />

tornou muito difícil interligar esses sistemas com as novas plataformas tecnológicas necessárias<br />

para a implementação <strong>do</strong> governo electrónico.<br />

De facto, como adverte Leitner [2003], embora muitos organismos tenham procedi<strong>do</strong> à<br />

actualização <strong>do</strong>s seus sistemas, aquan<strong>do</strong> da crise <strong>do</strong> ano 2000, ainda persistem muitos sistemas<br />

lega<strong>do</strong>s dissemina<strong>do</strong>s pelos vários organismos públicos.<br />

Apesar das enormes dificuldades criadas pelos sistemas lega<strong>do</strong>s, a verdade é que, como<br />

salientam certos autores, é inegável que ainda existe um enorme valor latente nesses sistemas<br />

[Bannister 2001], continuan<strong>do</strong> muitos deles a assumir um papel fundamental, quer ao nível<br />

operacional, quer ao nível <strong>do</strong> suporte estratégico <strong>do</strong>s organismos [Weerakody et al. 2005].<br />

Acrescenta<strong>do</strong> a este facto, os enormes investimentos financeiros que foram realiza<strong>do</strong>s nesses<br />

sistemas lega<strong>do</strong>s [Realini 2004], a falta de recursos financeiros actual e as pressões temporais que<br />

se colocam [Weerakody et al. 2005], o objectivo e o grande desafio não deve ser, por isso, o de<br />

substituir os sistemas lega<strong>do</strong>s [Dodd et al. 2003; Weerakody et al. 2005], mas o de os incluir na<br />

arquitectura das novas soluções [Orain 2005a; Realini 2004].<br />

Mecanismos que visam promover a reconciliação técnica de sistemas diferentes têm vin<strong>do</strong>,<br />

entretanto, a emergir. O recurso ao encapsulamento, através de serviços Web, tem-se revela<strong>do</strong><br />

como um mecanismo relativamente fácil, ―barato‖ e de baixo risco para tornar as componentes<br />

existentes reutilizáveis, pelo que, o encapsulamento tem vin<strong>do</strong> a ser aponta<strong>do</strong> como a melhor<br />

estratégia se os sistemas lega<strong>do</strong>s ainda forem capazes de cumprir o seu objectivo de negócio [Dodd<br />

et al. 2003].<br />

Embora conceitos, méto<strong>do</strong>s e ferramentas de interoperabilidade mais recentes estejam a<br />

permitir ultrapassar muitos <strong>do</strong>s obstáculos à interoperação de plataformas e sistemas<br />

tecnologicamente diversos, os pré-requisitos tecnológicos continuam, e continuarão, a ser um

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