10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

194 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

comum — denomina<strong>do</strong> modelo de da<strong>do</strong>s canónico — e depois compara<strong>do</strong>s para identificar<br />

correspondências e conflitos semânticos. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s esquemas locais transforma<strong>do</strong>s é então<br />

defini<strong>do</strong> um esquema unifica<strong>do</strong>. Todas as correspondências e conflitos semânticos que possam<br />

existir são resolvi<strong>do</strong>s através de mapeamentos entre o esquema unifica<strong>do</strong> e os esquemas locais.<br />

Um inconveniente da abordagem bottom-up é a instabilidade <strong>do</strong> esquema unifica<strong>do</strong>. Sempre que<br />

uma nova fonte de da<strong>do</strong>s tem que ser integrada no sistema, o esquema unifica<strong>do</strong> tem que mudar e<br />

os sistemas locais que utilizam esse esquema podem ser afecta<strong>do</strong>s. Da mesma forma, também as<br />

mudanças que possam surgir nos esquemas locais podem forçar à alteração <strong>do</strong> esquema unifica<strong>do</strong>.<br />

Com vista a ultrapassar os inconvenientes associa<strong>do</strong>s à abordagem bottom-up, mais<br />

recentemente tem vin<strong>do</strong> a ser proposta e a<strong>do</strong>ptada uma abordagem alternativa. Trata-se de uma<br />

abordagem top-<strong>do</strong>wn que integra fontes de da<strong>do</strong>s heterogéneas através da utilização de uma<br />

ontologia 77 comum [Jain e Zhao 2004]. Esta ontologia é definida de forma completamente<br />

independente <strong>do</strong>s esquemas das bases de da<strong>do</strong>s locais. Os esquemas das bases de da<strong>do</strong>s locais<br />

são depois mapea<strong>do</strong>s para a ontologia comum, em vez de serem mapea<strong>do</strong>s uns para os outros ou<br />

para um esquema unifica<strong>do</strong> deles deriva<strong>do</strong>s [Jain e Zhao 2004]. Por este facto, uma vantagem<br />

principal <strong>do</strong> uso de uma ontologia comum é que quan<strong>do</strong> novas fontes de da<strong>do</strong>s são adicionadas ao<br />

sistema cooperativo a ontologia permanece inalterada e os acessos locais existentes não são<br />

afecta<strong>do</strong>s [Jain e Zhao 2004].<br />

Independentemente de qual seja a abordagem seguida, para que se consiga alcançar o nível<br />

de interoperabilidade semântica necessário e deseja<strong>do</strong> é preciso garantir <strong>do</strong>is aspectos<br />

fundamentais.<br />

Por um la<strong>do</strong>, é necessário garantir que existe acor<strong>do</strong> entre os vários organismos acerca <strong>do</strong><br />

contexto e <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> exacto <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s troca<strong>do</strong>s [EPAN 2004a]. Segun<strong>do</strong> Tambouris et al.<br />

[2006], alguns <strong>do</strong>s principais desafios que se colocam à criação de interoperabilidade semântica<br />

passam por conseguir delinear e obter o acor<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os organismos acerca das definições,<br />

vocabulários e metada<strong>do</strong>s comuns, bem como por conseguir que essas definições comuns sejam,<br />

efectivamente, a<strong>do</strong>ptadas e utilizadas pelos vários organismos e, ainda, que sejam instituí<strong>do</strong>s<br />

mecanismos que permitam a sua manutenção e evolução. Estas tarefas de delineação e acor<strong>do</strong>, de<br />

a<strong>do</strong>pção, e de manutenção e evolução têm-se revela<strong>do</strong> muito complexas e difíceis de concretizar,<br />

haven<strong>do</strong> ainda poucos casos reais que exemplifiquem a forma como estas tarefas foram<br />

77 O conceito de ontologia será retoma<strong>do</strong> e apresenta<strong>do</strong> com maior detalhe na Secção 4.3.17.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!