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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 193<br />

de da<strong>do</strong>s, especifican<strong>do</strong> os seus formatos e as suas representações, e associan<strong>do</strong>-lhes os<br />

significa<strong>do</strong>s particulares que julgue convenientes para cumprir as suas atribuições [Realini 2004].<br />

Enquanto não houve necessidade de automatizar as trocas informacionais entre os<br />

organismos, estas heterogeneidades não constituíram um grande problema. Porém, com o<br />

aparecimento <strong>do</strong> governo electrónico, e com a crescente necessidade de operação conjunta <strong>do</strong>s<br />

vários organismos, as disparidades semânticas tornaram-se uma preocupação central [Lilleng<br />

2005]. Com efeito, da<strong>do</strong> que os organismos operam em contextos semânticos distintos, exibin<strong>do</strong><br />

múltiplas e díspares interpretações para os da<strong>do</strong>s [Madnick 1999], é difícil introduzir uma<br />

semântica que seja aceite por to<strong>do</strong>s [Realini 2004], o que torna os esforços de integração e de<br />

interoperação entre os organismos extremamente complexos e difíceis de concretizar [Madnick<br />

1999; Orain 2005a].<br />

Como salientam Carney et al. [2005, p. 4], para que os sistemas ―sejam capazes de<br />

interoperar, não basta que os pinos de hardware estejam alinha<strong>do</strong>s, que os protocolos de<br />

comunicação sejam coerentes, que os formatos e estruturas de da<strong>do</strong>s sejam compreensíveis e que<br />

os mecanismos de invocação de sistemas sejam partilha<strong>do</strong>s. Mesmo com todas as condições de<br />

conectividade asseguradas, continua a não haver garantia que um sistema seja capaz de converter<br />

os sinais, bits e bytes que recebe na informação necessária, para realizar a tarefa necessária‖. De<br />

facto, como refere Dawes [1996], mesmo quan<strong>do</strong> as organizações envolvidas utilizam o mesmo tipo<br />

de da<strong>do</strong>s, a sua partilha pode continuar a ser algo problemática, devi<strong>do</strong> à existência de definições e<br />

interpretações de da<strong>do</strong>s conflituosas.<br />

Parece, pois, ser primordial que se criem e desenvolvam mecanismos que permitam<br />

assegurar que o significa<strong>do</strong> preciso da informação partilhada seja sintáctica e semanticamente<br />

acessível aos sistemas envolvi<strong>do</strong>s [Dodd et al. 2003; EPAN 2004a; Moulin et al. 2005], de mo<strong>do</strong> a<br />

que estes sejam capazes de interpretar de forma coerente o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s entre eles<br />

comunica<strong>do</strong>s [Carney et al. 2005]. Só deste mo<strong>do</strong> se torna possível que os organismos troquem<br />

da<strong>do</strong>s entre si, os combinem com outros recursos informacionais que possuem e,<br />

subsequentemente, os utilizem na execução <strong>do</strong>s seus processos.<br />

De acor<strong>do</strong> com a revisão de literatura efectuada por Jain e Zaho [2004], as heterogeneidades<br />

semânticas têm vin<strong>do</strong> a ser tradicionalmente resolvidas através da a<strong>do</strong>pção de uma abordagem<br />

bottom-up baseada na integração de esquemas. Nesta abordagem, os esquemas de da<strong>do</strong>s de cada<br />

organismo — denomina<strong>do</strong>s esquemas de da<strong>do</strong>s locais — são traduzi<strong>do</strong>s para um modelo de da<strong>do</strong>s

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