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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 191<br />

ocorrência de fenómenos similares ao já experimenta<strong>do</strong> [Akbulut 2003; Dawes 1996; Gil-Garcia et<br />

al. 2007a].<br />

Martinko [1996], por exemplo, refere que as experiências que um indivíduo acumula no<br />

decorrer da utilização de uma determinada tecnologia, independentemente de essas experiências<br />

serem mais favoráveis ou menos favoráveis, influenciam as suas expectativas e atitudes perante<br />

iniciativas que envolvam tecnologias semelhantes.<br />

Também Newcomer e Caudle [1991], com base num estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> no sector público,<br />

concluíram que a experiência que resulta da utilização de TI nos organismos constitui um factor<br />

determinante na a<strong>do</strong>pção de novas tecnologias por parte desses mesmos organismos.<br />

A existência de experiência tem vin<strong>do</strong> também a ser reconhecida como um aspecto<br />

fundamental na condução de iniciativas de interoperabilidade. Como constataram Millard et al.<br />

[2004], com base no estu<strong>do</strong> de vários serviços públicos que envolviam a interoperabilidade entre<br />

sistemas de diferentes Administrações Europeias, 76 a interoperabilidade foi mais facilmente<br />

alcançada nos casos em que existia uma tradição de cooperação interorganizacional.<br />

De forma similar, Landsbergen e Wolken [2001] argumentam que a falta de experiência e de<br />

memória institucional sobre este tipo de iniciativas constituem barreiras organizacionais para a<br />

criação de sistemas interoperáveis entre os organismos da Administração Pública. Com efeito, a<br />

exposição a um fenómeno novo, em relação ao qual não existe memória prévia, constitui um foco<br />

de incerteza, provocan<strong>do</strong> geralmente receios e ansiedades que podem dificultar o envolvimento no<br />

fenómeno e o seu desenrolar.<br />

Saliente-se, ainda, que a influência que as experiências passadas exercem na nova ocorrência<br />

de um fenómeno pode ser positiva ou negativa, consoante as experiências vividas tenham si<strong>do</strong> mais<br />

ou menos favoráveis [Akbulut 2003]. Organizações que tenham vivi<strong>do</strong> experiências de colaboração<br />

favoráveis apresentam geralmente uma maior predisposição inicial para se envolverem em novas<br />

relações de colaboração [Landsbergen e Wolken 2001].<br />

A experiência existente é, pois, um <strong>do</strong>s aspectos que se considera poder ter influência no<br />

grau de predisposição evidencia<strong>do</strong> pelos organismos para a participação em esforços de<br />

interoperabilidade [Faerman et al. 2001; Powell et al. 1996], esperan<strong>do</strong>-se que nos casos em que<br />

76 Estes casos foram estuda<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> projecto TERREGOV, envolven<strong>do</strong> a análise de 40 a 50 casos de interoperabilidade entre<br />

Administrações na Europa.

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