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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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188 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

Administração Pública [Tambouris et al. 2006]. A existência desta estratégia permitiria que os<br />

organismos dispusessem de uma visão global partilhada, com base na qual poderiam orientar e<br />

desenvolver os seus esforços.<br />

Outra tarefa crucial desta entidade poderia ser a coordenação, publicitação e disponibilização<br />

de um conjunto de instrumentos — nomeadamente um catálogo <strong>do</strong>s standards que deveriam ser<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s pelos organismos, bem como to<strong>do</strong> um conjunto de metada<strong>do</strong>s, taxonomias, ontologias e<br />

esquemas semânticos que facilitassem e permitissem a troca e utilização de informação — cuja<br />

existência, partilha e utilização por parte <strong>do</strong>s vários organismos são reconhecidamente importantes<br />

para alcançar a interoperabilidade [EC 2006a]. É importante que exista uma base institucional que<br />

suporte, tanto em termos financeiros, como em termos de recursos humanos, como, ainda, em<br />

termos de outras questões logísticas, o estabelecimento e manutenção destes instrumentos [UNDP<br />

2007a].<br />

Outro contributo importante de tal estrutura de governação poderia resultar da sua<br />

capacidade de providenciar a criação e funcionamento de um centro de serviços partilha<strong>do</strong>s, que<br />

tivesse como preocupação a identificação e disponibilização de to<strong>do</strong> um conjunto de serviços e<br />

infra-estruturas que sejam comuns a vários organismos e que são de difícil implementação e<br />

gestão, como por exemplo sistemas de pagamento electrónico, infra-estruturas de identificação<br />

electrónica e sistemas de auditoria e controlo [EPAN 2004a]. Esta oferta de serviços e<br />

infra-estruturas permitiria não só fazer desvanecer muitos <strong>do</strong>s problemas de carência financeira e<br />

de carência de conhecimento e formação enfrenta<strong>do</strong>s principalmente pelos organismos mais<br />

pequenos, e que muito parecem contribuir para o fracasso <strong>do</strong>s projectos [Corradini et al. 2005],<br />

mas também conseguir economias de escala significativas, já que aumentaria o poder de<br />

negociação <strong>do</strong>s organismos governamentais relativamente aos vende<strong>do</strong>res de infra-estruturas e<br />

software [Tambouris et al. 2006].<br />

A estrutura nacional de governação da interoperabilidade (ENGI) poderia também assumir um<br />

papel deveras primordial no que concerne à criação de um enquadramento legal adequa<strong>do</strong> para a<br />

interoperabilidade. Como é argumenta<strong>do</strong> em EC [2006b], há to<strong>do</strong> um conjunto de aspectos legais<br />

— nomeadamente questões ao nível da identificação e autenticação, ao nível da privacidade e<br />

protecção de da<strong>do</strong>s, ao nível da reutilização de informação pública e ao nível <strong>do</strong>s direitos de<br />

propriedade intelectual — que podem afectar seriamente a interoperabilidade de sistemas na<br />

Administração, colocan<strong>do</strong> em causa a validade legal e constitucional das iniciativas conduzidas. A

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