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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 187<br />

Já foi também referi<strong>do</strong> que a forma que tem vin<strong>do</strong> a ser encontrada para responder a estes<br />

objectivos tem assenta<strong>do</strong> essencialmente no lançamento de novos projectos específicos, grande<br />

parte <strong>do</strong>s quais constituin<strong>do</strong> iniciativas transversais que envolvem a participação conjunta <strong>do</strong>s vários<br />

organismos que, por serem parte activa no serviço em causa, são convida<strong>do</strong>s e incita<strong>do</strong>s a<br />

colaborar nessas iniciativas específicas. Na maior parte das vezes, estas iniciativas decorrem per se<br />

— de forma completamente autónoma e isolada — sem que existam ou sejam seguidas quaisquer<br />

linhas orienta<strong>do</strong>ras, quaisquer directrizes ou quaisquer recomendações nacionais relativas à<br />

condução de projectos de natureza transversal [Hjort-Madsen 2004].<br />

Embora esta forma de operar permita responder e satisfazer alguns objectivos a curto prazo,<br />

não parece constituir a estratégia mais aconselhável e mais adequada com vista à criação de um<br />

espaço administrativo que se pretende que seja sustentadamente interoperável [EC 2004; EPAN<br />

2004a]. Não é possível estabelecer um ambiente propício para a criação e sustentação da<br />

interoperabilidade a longo prazo, seguin<strong>do</strong> uma estratégia assente no somatório de iniciativas<br />

específicas, parcelares e pontuais, que se baseiam fundamentalmente no estabelecimento de<br />

acor<strong>do</strong>s e relações bilaterais entre os organismos envolvi<strong>do</strong>s nessas iniciativas, e que emergem e<br />

são conduzidas de forma independente e descoordenada, sem que haja qualquer preocupação de<br />

alinhamento e de articulação com estratégias e procedimentos comuns e partilha<strong>do</strong>s que<br />

possibilitem que to<strong>do</strong>s ―caminhem no mesmo senti<strong>do</strong>‖ [EPAN 2004a].<br />

A falta de uma estrutura de governação e coordenação a um nível nacional, que pense, dirija<br />

e controle global e holisticamente os esforços de interoperabilidade, é apontada na literatura como<br />

um <strong>do</strong>s factores que mais prejudica o desenvolvimento <strong>do</strong> governo electrónico, em geral, e da<br />

Administração Pública electrónica, em particular [EPAN 2004a; Hjort-Madsen 2004]. Como<br />

defendem Tambouris et al. [2006], a instauração de processos e mecanismos de governação<br />

centrais e contínuos, que permitam assegurar o estabelecimento de políticas unificadas, de<br />

arquitecturas consistentes, de especificações e standards comuns, e de procedimentos e<br />

infra-estruturas compatíveis, constituem factores críticos para a construção de uma Administração<br />

verdadeiramente interoperável.<br />

Uma das principais tarefas que poderia ser assumida por uma eventual estrutura de<br />

governação é, desde logo, a delineação de uma estratégia nacional para a interoperabilidade, a qual<br />

deveria ser parte constituinte, e suporte, de uma estratégia mais geral de governo electrónico e<br />

facultar uma visão clara de longo-prazo para a promoção e criação de interoperabilidade na

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