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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP 185<br />

um esta<strong>do</strong> psicológico subjectivo que reflecte a importância e a relevância pessoal que uma<br />

determinada pessoa atribui a um sistema. Por sua vez, o termo participação foi defini<strong>do</strong>, pelos<br />

mesmos autores, como o conjunto de comportamentos ou actividades realizadas por uma pessoa<br />

no decorrer <strong>do</strong> processo de desenvolvimento <strong>do</strong> sistema.<br />

Esta diferenciação entre envolvimento e participação, proposta por Barki e Hartwick, foi<br />

tendencialmente a<strong>do</strong>ptada pela comunidade científica. O re-alinhamento terminológico causa<strong>do</strong> por<br />

essa a<strong>do</strong>pção permitiu dissipar muita da polémica instaurada, passan<strong>do</strong> a haver uma convergência<br />

de opinião entre os investiga<strong>do</strong>res no senti<strong>do</strong> de reconhecer a existência de uma correlação positiva<br />

entre o envolvimento das pessoas no desenvolvimento de um sistema e o nível de sucesso futuro<br />

desse sistema [Hwang e Thorn 1999; Kappelman e McLean 1991].<br />

Embora uma parte significativa <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s sobre esta temática tenha si<strong>do</strong><br />

baseada em sistemas de natureza intra-organizacional, a importância <strong>do</strong> envolvimento tem vin<strong>do</strong> a<br />

manifestar-se e a ser realçada, igualmente, no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s sistemas interorganizacionais [Cavaye<br />

1996].<br />

Uma área onde se crê que a questão <strong>do</strong> envolvimento pode, também, assumir um papel<br />

primordial, é no contexto da criação de uma Administração Pública interoperável. Com efeito,<br />

qualquer nova iniciativa de interoperabilidade que seja encetada com o intuito de permitir oferecer<br />

serviços transversais ao cidadão, requer geralmente o envolvimento de vários organismos públicos,<br />

sen<strong>do</strong> a presença de cada um deles imprescindível e insubstituível nesse processo [EC 2008]. Com<br />

efeito, a prestação de um serviço de forma integrada, apenas é possível, se cada um <strong>do</strong>s<br />

organismos que faz parte <strong>do</strong> conjunto de entidades visadas na prestação desse serviço, aceitar<br />

envolver-se e participar no processo. Basta que um <strong>do</strong>s organismos não se envolva e não colabore,<br />

para que a prestação integrada <strong>do</strong> serviço seja inviabilizada.<br />

Para além das situações <strong>do</strong> tipo da descrita no parágrafo anterior, referentes ao envolvimento<br />

<strong>do</strong>s organismos no contexto de uma determinada iniciativa de interoperabilidade concreta e<br />

particular, há outro tipo de situações em que o envolvimento é também importante, nomeadamente<br />

no desenrolar de acções de fun<strong>do</strong>, mais estruturantes e mais globais — como por exemplo a criação<br />

de guias normativos, a definição de catálogos de standards e o desenvolvimento de vocabulários e<br />

ontologias — que são lançadas com vista à criação de um ambiente mais favorável à promoção e<br />

implementação da interoperabilidade na Administração Pública [Scholl 2005]. O não envolvimento<br />

de algum ou alguns <strong>do</strong>s organismos neste tipo de iniciativas, pode acabar por comprometer o

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