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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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170 Capítulo 4: Itens com Influência no Processo de Implementação de Interoperabilidade entre SI na AP<br />

Embora, na opinião de certos autores, a ocorrência de comportamentos de resistência possa<br />

não constituir algo necessariamente negativo [Coetsee 1999; Markus 1983], regra geral, esse tipo<br />

de comportamentos, quer pelo conflito e má vontade que geram nos participantes, quer pelo tempo<br />

e atenção que consomem, são vistos como causa<strong>do</strong>res de perturbações e de dificuldades no<br />

processo de mudança [Coetsee 1999; Lorenzi e Riley 2000; Markus 1983].<br />

Da<strong>do</strong> o facto de poder originar comportamentos menos favoráveis à mudança, a atitude das<br />

pessoas deve ser considera<strong>do</strong> um aspecto fundamental no decorrer de um processo de mudança,<br />

não deven<strong>do</strong> ser negligencia<strong>do</strong>, sob pena de tal poder comprometer o sucesso <strong>do</strong> processo [Krüger<br />

1996; Kumar et al. 2007].<br />

To<strong>do</strong>s os fenómenos referi<strong>do</strong>s nos parágrafos anteriores — mudança, atitude das pessoas<br />

face à mudança e comportamentos de resistência eventualmente associa<strong>do</strong>s a determinadas<br />

atitudes — existem e fazem-se sentir também nos organismos <strong>do</strong> sector público.<br />

De facto, à semelhança <strong>do</strong> que sucede nas organizações privadas, também os organismos<br />

públicos são confronta<strong>do</strong>s com fenómenos de mudança. Especialmente nas últimas décadas —<br />

primeiro com a introdução <strong>do</strong>s denomina<strong>do</strong>s movimentos de reforma <strong>do</strong> sector público, associa<strong>do</strong>s<br />

à emergência de uma nova ideologia para o sector (o new public management), depois com a<br />

propalada modernização administrativa, fortemente assente na utilização das TI como fonte de<br />

modernização e reestruturação da Administração, e mais recentemente com o voltar das atenções<br />

para a criação <strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> governo electrónico, caracteriza<strong>do</strong> por uma nova filosofia de governo<br />

e Administração muito orienta<strong>do</strong>s para o cidadão — os organismos da AP têm vin<strong>do</strong> a ser<br />

confronta<strong>do</strong>s com um clima de mudança relativamente intenso.<br />

Com efeito, a a<strong>do</strong>pção de um paradigma centra<strong>do</strong> no cidadão, que valoriza e defende a<br />

prestação de serviços públicos electrónicos de forma integrada ao cidadão, requer necessariamente<br />

que sejam estabelecidas relações de colaboração e de cooperação entre os diversos organismos<br />

públicos, ao nível institucional e ao nível <strong>do</strong>s seus sistemas de informação, relações essas que, até<br />

ao momento, são praticamente inexistentes e que são algo contrárias à forma actual de estar e de<br />

operar <strong>do</strong>s organismos públicos e <strong>do</strong>s seus sistemas. Como tal, é de esperar que os esforços<br />

enceta<strong>do</strong>s com vista à operação conjunta e articulada de toda a Administração, e à<br />

interoperabilidade <strong>do</strong>s seus SI, possam, como foi descrito na Secção 4.3.1, provocar mudanças nos<br />

organismos, nomeadamente ao nível operacional e cultural [Kumar et al. 2007; Weerakody et al.<br />

2005].

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