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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong> 153<br />

utilização deste tipo de ferramentas pode causar um certo afastamento <strong>do</strong> investiga<strong>do</strong>r em relação<br />

aos da<strong>do</strong>s. O facto de o investiga<strong>do</strong>r deixar de passar horas rodea<strong>do</strong> de papel, numa relação física<br />

muito próxima, não lhe permite criar uma familiaridade e uma proximidade tão grande com o seu<br />

material, o que, na opinião de muitos autores, pode conduzir também à depreciação da qualidade<br />

<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> final. O terceiro receio é que os pressupostos conceptuais em que assenta o software<br />

possam moldar e ―contaminar‖ a análise realizada, o que terá, uma vez mais, implicações na<br />

qualidade <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s.<br />

Weitzman [2000] e Barry [1998] consideram, contu<strong>do</strong>, que estes receios podem ser<br />

completamente infunda<strong>do</strong>s se o investiga<strong>do</strong>r tiver consciência desses factos e actuar de forma<br />

conveniente. O fundamental, como refere Kvale [1995], é que o investiga<strong>do</strong>r atribua ao software o<br />

seu correcto papel e assuma ele próprio a responsabilidade plena da interpretação. Se esta for a<br />

postura, os ganhos da utilização <strong>do</strong> software em termos de consistência e rapidez de trabalho<br />

podem ser significativos, já que facilitam uma série de operações analíticas, nomeadamente a<br />

codificação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, a criação e armazenamento de memos que permitem o registo de ideias e<br />

reflexões <strong>do</strong> investiga<strong>do</strong>r, o estabelecimento e descoberta de ligações nos da<strong>do</strong>s e a procura e<br />

recuperação de da<strong>do</strong>s [Barry 1998; Weitzman 2000], libertan<strong>do</strong> o investiga<strong>do</strong>r para que este se<br />

possa concentrar integralmente na exploração das questões analíticas e interpretativas [Kvale 1996;<br />

Seale 2000].<br />

Perante isto, a decisão tomada foi efectivamente a de utilizar um software para suportar as<br />

tarefas de estruturação e organização de to<strong>do</strong> o material recolhi<strong>do</strong>, bem como para agilizar as<br />

tarefas necessárias no decorrer da fase de análise, nomeadamente a codificação, o registo de<br />

interpretações e comentários da investiga<strong>do</strong>ra, o estabelecimento de ligações entre passagens <strong>do</strong><br />

texto, entre códigos e comentários, a procura e recuperação de segmentos de texto e a visualização<br />

de redes de conceitos.<br />

3.6 Conclusão<br />

Conforme referi<strong>do</strong> na Secção 3.1, a finalidade <strong>do</strong> capítulo que agora se encerra era expor e<br />

clarificar a forma como foi projecta<strong>do</strong> e conduzi<strong>do</strong> o processo de investigação realiza<strong>do</strong> no âmbito<br />

deste projecto de <strong>do</strong>utoramento.

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