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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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152 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

O objectivo desta tarefa era agregar e integrar as opiniões <strong>do</strong>s peritos com vista a produzir<br />

um enquadramento que oferecesse uma interpretação mais completa e mais coerente <strong>do</strong> processo<br />

de implementação de interoperabilidade entre SI na Administração Pública.<br />

Em termos procedimentais a tarefa foi realizada como a seguir se descreve.<br />

A agregação <strong>do</strong> material foi efectuada por item, seguin<strong>do</strong> um processo incremental.<br />

Selecciona<strong>do</strong> um item, o que se fazia era recuperar as opiniões e interpretações de um<br />

determina<strong>do</strong> perito para esse item (por consulta da memo correspondente) e compará-las e<br />

combiná-las com as opiniões e interpretações de outro perito, verifican<strong>do</strong>-se as similaridades ou<br />

dissimilaridades de opiniões e interpretações existentes. Quan<strong>do</strong> as opiniões diferiam, atentava-se<br />

nas razões que poderiam ajudar a perceber o porquê dessa diferença, o que exigia, muitas vezes,<br />

que se voltasse à entrevista de cada perito por forma a reexaminar as opiniões de cada perito no<br />

contexto interpretativo da sua entrevista. Caso algum <strong>do</strong>s peritos tivesse introduzi<strong>do</strong> uma<br />

perspectiva ou elemento novo particular sobre o item, tentava verificar-se a existência de algum tipo<br />

de sustentação ou contradição para isso no discurso <strong>do</strong> outro perito.<br />

Terminada a análise comparativa, o processo repetia-se, mas agora com um novo perito, até<br />

que tivessem si<strong>do</strong> comparadas e agregadas as opiniões de to<strong>do</strong>s os peritos em relação a esse item.<br />

Quan<strong>do</strong> todas as opiniões tivessem si<strong>do</strong> incorporadas, iniciava-se de novo o processo de<br />

comparação-agregação, mas agora para um outro item. O processo repetia-se até que tivesse si<strong>do</strong><br />

comparada e agregada a opinião de to<strong>do</strong>s os peritos para to<strong>do</strong>s os itens.<br />

A execução de todas as tarefas de análise e interpretação descritas anteriormente foram<br />

suportadas pela utilização de uma ferramenta de análise qualitativa de da<strong>do</strong>s, o ATLAS.ti.<br />

A decisão de utilizar software para suportar este processo não foi fácil de tomar, dadas as<br />

vantagens e desvantagens apontadas na literatura.<br />

Para Weitzman [2000] há essencialmente três receios associa<strong>do</strong>s à utilização deste tipo de<br />

ferramentas. O primeiro receio é que os investiga<strong>do</strong>res se demitam <strong>do</strong> seu papel interpretativo.<br />

Como nota o autor, a ferramenta serve apenas para auxiliar no processo de análise; ela não faz a<br />

análise pelo investiga<strong>do</strong>r. É o investiga<strong>do</strong>r quem tem que saber o que é preciso analisar e como o<br />

fazer. Se este facto não for perfeitamente reconheci<strong>do</strong> pelos investiga<strong>do</strong>res e, como tal, a<br />

responsabilidade da análise e da interpretação for ―demasiadamente entregue à ferramenta‖, a<br />

qualidade <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s finais pode ser afectada. Outro receio aponta<strong>do</strong> é o facto de que a

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