Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 3: Fundamentação e Descrição do Estudo 139
racional convidá-las para participar nas entrevistas. Além do que, dada a forma como foi concebido
todo o projecto de investigação, fazia sentido que as pessoas a entrevistar já partilhassem o
contexto da temática que o estudo Delphi permitiu criar, por forma a existir uma certa sintonia de
discurso.
Neste sentido, a decisão recaiu efectivamente por dirigir o convite para participar nas
entrevistas apenas aos 40 peritos que responderam à última ronda do estudo Delphi. Refira-se que
até esse momento, esses peritos não tinham ainda sido informados acerca da pretensão de
realização de entrevistas. Com efeito, aquando do envio do convite para o estudo Delphi, julgou-se
não ser conveniente fazê-lo, pois a recepção de um convite que solicitasse simultaneamente a
participação num estudo Delphi e em entrevistas, representaria certamente para os convidados um
esforço demasiado grande, o que poderia ter levado a taxas de aceitação de tal forma reduzidas que
inviabilizariam por completo a condução do projecto de investigação. Além disso, a condução das
entrevistas estava também dependente da forma como decorresse o estudo Delphi. Se o estudo
fosse bem sucedido e as pessoas tivessem mostrado envolvimento e interesse na sua participação
então faria sentido convidá-las para fazer as entrevistas. Caso contrário, não faria qualquer sentido
endereçar o convite.
Os convites foram enviados no dia 25 de Outubro de 2007, aproximadamente seis meses
após ter terminado a última ronda do Delphi. A mensagem de convite, cuja cópia se encontra no
Anexo I, para além de relembrar o projecto de investigação e o envolvimento do perito no estudo
Delphi previamente realizado, referia a boa recepção que esse estudo teve junto do painel e
convidava os peritos a darem um último contributo com vista a aumentar a relevância do trabalho e
dos seus resultados. Eram ainda mencionadas as grandes questões que seriam abordadas na
entrevista.
Dos 40 peritos convidados, 30 aceitaram conceder a entrevista, embora um dos peritos
tenha expressado a sua preferência em o fazer por escrito. Dos 30 que aceitaram, 15 (50%) eram
profissionais da Administração Pública, 10 de empresas (33%) e 5 (17%) da academia.
A quase totalidade das entrevistas foi realizada num período de oito semanas, compreendido
entre 12 de Novembro de 2007 e 4 de Janeiro de 2008. Apenas três entrevistas foram realizadas
mais tarde, nomeadamente em Fevereiro e Abril, por indisponibilidade de agenda dos peritos. A
decisão tomada foi a de agendar no máximo duas entrevistas por dia, uma de manhã e outra de
tarde, de forma a garantir a presença atempada da investigadora. Quase sempre, na véspera da
entrevista foi enviada uma mensagem de correio electrónico relembrando o compromisso e