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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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128 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

final <strong>do</strong> painel nessa ronda, o qual é depois utiliza<strong>do</strong>, juntamente com o ranking final <strong>do</strong> painel<br />

obti<strong>do</strong> da ronda anterior, para calcular o valor <strong>do</strong> coeficiente rho de Spearman.<br />

Quanto às respostas referentes à influência exercida e à configuração <strong>do</strong>s itens, a<br />

estabilidade de opinião <strong>do</strong> painel foi avaliada com base nos valores <strong>do</strong> teste McNemar. Este teste é<br />

utiliza<strong>do</strong> para testar contagens ou proporções em duas amostras emparelhadas com variáveis<br />

nominais dicotómicas. É um teste particularmente apropria<strong>do</strong> para estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tipo ―antes vs.<br />

depois‖ para testar a significância da mudança de opinião, que é precisamente o que se pretende<br />

neste caso [Maroco 2003].<br />

No final de cada ronda <strong>do</strong> Delphi, os valores <strong>do</strong> coeficiente W de Kendall e <strong>do</strong> coeficiente rho<br />

de Spearman — para os rankings de importância — e os valores <strong>do</strong> teste binomial e <strong>do</strong> teste<br />

McNemar — para a influência exercida e para a configuração na realidade portuguesa — são<br />

determina<strong>do</strong>s e interpreta<strong>do</strong>s, o que permite ajuizar melhor acerca da continuidade ou não <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong>.<br />

Para além <strong>do</strong> nível de consenso, avalia<strong>do</strong> com base no nível de concordância <strong>do</strong>s peritos e no<br />

nível de estabilidade da opinião global <strong>do</strong> painel entre rondas, uma última condição — o número<br />

máximo de rondas — é também considera<strong>do</strong> como determinante na decisão de conduzir ou não<br />

uma nova ronda.<br />

Esta é a condição considerada mais polémica <strong>do</strong> critério de paragem, na medida em que é<br />

contraditória aos próprios princípios <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Delphi. Talvez, por este facto, este aspecto não seja<br />

claramente assumi<strong>do</strong> pelos investiga<strong>do</strong>res no início <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s Delphi, embora a consulta de<br />

vários trabalhos revele que, na prática, este constitui o verdadeiro critério de paragem em muitos<br />

deles [Couger 1988].<br />

Idealmente, qualquer investiga<strong>do</strong>r que utilize o méto<strong>do</strong> Delphi gostaria de executar tantas<br />

rondas quanto as necessárias para que um nível de consenso adequa<strong>do</strong> fosse obti<strong>do</strong>. Porém, pelo<br />

esforço considerável que requer, a condução dum número eleva<strong>do</strong> de rondas pode fazer com que o<br />

estu<strong>do</strong> acabe por se dissipar a ele próprio, decorrente <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no paulatino e gradual <strong>do</strong>s vários<br />

peritos. Testemunhos como o de Green et al. [1999] são bem revela<strong>do</strong>res deste tipo de situações.<br />

Pelo eleva<strong>do</strong> risco que estas situações podem representar para um projecto de investigação,<br />

Schmidt [1997] argumenta que ―mesmo nas situações em que os valores das estatísticas utilizadas<br />

para avaliar o consenso não sejam tão eleva<strong>do</strong>s quanto o idealmente deseja<strong>do</strong>, se deverá ponderar

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