Governo Electrónico - Universidade do Minho

Capítulo 3: Fundamentação e Descrição do Estudo 121
O método de ranking tem como vantagem o facto de requerer que o participante analise e
avalie os vários itens conjuntamente, sendo a classificação atribuída a um item resultado de um
conjunto de julgamentos comparativos que o participante tem que fazer desse item com outros
itens. O maior problema deste tipo de técnica de classificação é o facto de se tornar incomportável
para a mente humana quando o número de itens a classificar é elevado [Scheibe et al. 1975].
Porque o pretendido, no primeiro momento do questionário, é a ordenação dos diversos
itens, e face aos comentários apresentados nos parágrafos anteriores, considerou-se que a adopção
da técnica de ordenação Q-Sort era a mais adequada para este estudo, já que esta técnica conjuga,
de certo modo, os pontos fortes das técnicas de ranking e de escalas Likert.
A ideia central na técnica Q-Sort é que os participantes efectuem a ordenação de um conjunto
de itens distribuindo-os por um quadro Q-Sort predefinido, cuja forma se aproxima à de uma
distribuição normal (na Figura 3.5 apresenta-se a configuração de um quadro Q-Sort para um
estudo que envolva a ordenação de 31 itens).
Figura 3.5 – Quadro Q-Sort (adaptado de [McKeown e Thomas 1988])
A forma como decorre a ordenação dos itens na técnica Q-Sort obedece a um procedimento
particular, cujos passos se resumem na Figura 3.6.
Como se conclui da análise da figura, no Q-Sort os participantes são ―forçados‖ a efectuar os
seus julgamentos acerca da importância de um item sempre em função da importância que
associam aos restantes itens [Morgado et al. 1999].