10.01.2013 Views

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

Governo Electrónico - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

120 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

Uma das questões relevantes que emergiu durante a concepção <strong>do</strong> Delphi foi a forma como<br />

se deveria estruturar o questionário de mo<strong>do</strong> a conseguir responder aos objectivos que se haviam<br />

estabeleci<strong>do</strong>. A decisão tomada passou por organizar o questionário em três momentos principais, o<br />

primeiro dedica<strong>do</strong> à avaliação <strong>do</strong> nível de importância, o segun<strong>do</strong> dedica<strong>do</strong> à avaliação <strong>do</strong> tipo de<br />

influência e da configuração <strong>do</strong>s itens e o terceiro dedica<strong>do</strong> à identificação de novos itens. Tomada<br />

esta decisão tornou-se fundamental definir os instrumentos a utilizar para operacionalizar cada um<br />

destes momentos.<br />

Instrumento para aferir o nível de importância <strong>do</strong>s itens<br />

Os estu<strong>do</strong>s Delphi efectua<strong>do</strong>s com o propósito de gerar rankings ou listas ordenadas de<br />

importância de itens constituem uma variante <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Delphi normalmente designada na<br />

literatura por ranking–type Delphi [Schmidt 1997]. A revisão de vários estu<strong>do</strong>s deste tipo permitiu<br />

constatar que os questionários neles utiliza<strong>do</strong>s são, em geral, estrutura<strong>do</strong>s sob a forma de uma lista<br />

de itens cuja avaliação é efectuada, fundamentalmente de duas formas: utilizan<strong>do</strong> uma escala Likert<br />

[Graham et al. 2003; Hayne e Pollard 2000; Holsapple e Joshi 2002; Mulligan 2002; Villiers et al.<br />

2005] ou utilizan<strong>do</strong> um méto<strong>do</strong> de ranking ou ordenação [Dickson et al. 1984].<br />

No que concerne às escalas Likert, a principal vantagem que pode ser apontada a esta<br />

técnica é a sua facilidade de utilização [Scheibe et al. 1975]. Esta facilidade parece dever-se ao<br />

facto <strong>do</strong>s participantes analisarem e avaliarem cada item da lista de forma isolada. Note-se, porém,<br />

que, embora a ponderação isolada <strong>do</strong>s itens constitua uma vantagem desta técnica,<br />

para<strong>do</strong>xalmente este facto é também uma das razões porque as escalas de Likert são criticadas.<br />

Com efeito, em consequência <strong>do</strong>s participantes considerarem os itens de forma isolada, a<br />

classificação que lhes é atribuída resulta da avaliação <strong>do</strong> item per se e não de uma avaliação <strong>do</strong><br />

item ponderada em função <strong>do</strong> nível de importância que os restantes elementos da lista possam<br />

assumir.<br />

Outra observação efectuada por alguns autores é que, quan<strong>do</strong> são utilizadas escalas Likert,<br />

os respondentes tendem a atribuir valores extremos da escala, ou seja, apresentam uma tendência<br />

para avaliar os itens que lhes parecem ser mais importantes como ―muito importantes‖ (medida<br />

superior da escala) e os itens que lhes parecem ser menos importante como ―sem importância‖<br />

(medida inferior da escala), não fornecen<strong>do</strong> uma verdadeira classificação das questões por nível de<br />

importância [Campos 1998].

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!