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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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118 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

apontadas à alternativa anterior, especificamente a questão da escassez de contributos científicos<br />

nesta área e a menor proximidade à realidade portuguesa. De facto, se a lista inicial fosse elaborada<br />

a partir da reflexão e discussão de um grupo de pessoas conhece<strong>do</strong>ras da realidade, esperava-se<br />

que os itens identifica<strong>do</strong>s fossem mais genuínos e traduzissem mais proximamente a realidade em<br />

estu<strong>do</strong>.<br />

Não obstante tal vantagem, a geração da lista inicial a partir de um grupo de discussão tinha<br />

também associa<strong>do</strong>s alguns aspectos que desencorajavam a sua utilização. Um desses aspectos<br />

resultava <strong>do</strong> facto de, com tal decisão, se poder estar a ―queimar‖ uma etapa de interacção com<br />

pessoas, cuja participação em fases posteriores deste projecto de investigação era considerada<br />

preciosa. O conseguir a participação das pessoas é reconheci<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s aspectos mais<br />

críticos nos projectos de investigação e de mais difícil gestão, já que representa aquele sobre o qual<br />

se tem menos capacidade de controlo [Krueger e Casey 2000]. Por este facto, considerou-se<br />

importante julgar com muito cuida<strong>do</strong> o número de interacções que seriam necessárias para<br />

desenvolver to<strong>do</strong> o projecto de investigação. Por se considerar que as interacções previstas na<br />

estratégia de investigação global eram imprescindíveis para que se conseguisse responder às<br />

questões de investigação definidas para o projecto de <strong>do</strong>utoramento, pensou-se que a interacção<br />

adicional que a realização <strong>do</strong> grupo de discussão com vista à derivação da lista de itens exigiria<br />

deveria ser evitada.<br />

Um outro aspecto que desencorajou a utilização de um grupo de discussão teve que ver com<br />

a visão limita<strong>do</strong>ra que pode estar subjacente à lista criada. Na verdade, seguin<strong>do</strong>-se esta alternativa,<br />

a lista de itens seria gerada com base no resulta<strong>do</strong> de uma discussão que envolveria quatro a seis<br />

pessoas durante cerca de duas horas. Se bem que os envolvi<strong>do</strong>s na discussão seriam pessoas com<br />

importância e conhecimento reconheci<strong>do</strong>s nesta área, poder-se-iam levantar críticas quanto à visão<br />

limitada que estaria espelhada na lista assim construída. Uma alternativa para superar estas críticas<br />

passaria pela realização de vários grupos de discussão, em vez de um só, mas tal agravaria ainda<br />

mais o aspecto negativo reconheci<strong>do</strong> no parágrafo anterior (―queimava‖ ainda mais etapas de<br />

interacção com determinadas pessoas), poden<strong>do</strong> comprometer as fases posteriores <strong>do</strong> projecto de<br />

investigação.<br />

Um último aspecto desencoraja<strong>do</strong>r da utilização de um grupo de discussão resultava <strong>do</strong> facto<br />

de haver uma certa sobreposição entre aquilo que é solicita<strong>do</strong> aos indivíduos que participassem no<br />

grupo de discussão e no estu<strong>do</strong> Delphi, o que poderia tornar-se algo fastidioso para esses<br />

elementos (seria ―mais <strong>do</strong> mesmo‖).

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