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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong> 103<br />

um aspecto que seja avalia<strong>do</strong> pelos participantes como pouco importante possa assumir um papel<br />

determinante em relação a outros aspectos que tenham si<strong>do</strong> considera<strong>do</strong>s como muito importantes<br />

no estu<strong>do</strong>. A falta de uma perspectiva holística, que evidencie as cadeias e associações mais<br />

complexas entre os itens, faz com que este tipo de ligações não seja identificável através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong><br />

Delphi [Gor<strong>do</strong>n e Hayward 1968].<br />

Quan<strong>do</strong> o objectivo de um trabalho passa por tentar compreender este tipo de relações,<br />

como sucede na questão de investigação QI6 definida para este projecto, os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pelo<br />

Delphi devem, portanto, ser complementa<strong>do</strong>s com da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s pela utilização de outras<br />

técnicas.<br />

As entrevistas são com frequência apontadas na literatura como um veículo particularmente<br />

adequa<strong>do</strong> para estas situações, já que permitem estudar a forma como as pessoas perspectivam e<br />

compreendem um determina<strong>do</strong> fenómeno de interesse, e o mo<strong>do</strong> como descrevem as experiências<br />

vividas em relação a esse fenómeno [Kvale 1996; Schmitt e Klimoski 1991; Silverman 2000].<br />

Pelo referi<strong>do</strong>, e olhan<strong>do</strong> ao tipo de conhecimento implícito nas questões de investigação QI5<br />

a QI8 definidas neste projecto, considerou-se que as entrevistas constituiriam uma boa alternativa<br />

para compreender mais profundamente a forma como o fenómeno de interoperabilidade de<br />

sistemas de informação na Administração Pública, em especial o complexo de forças actuantes na<br />

sua implementação, é globalmente perspectiva<strong>do</strong> pela comunidade de pessoas consideradas<br />

peritas neste <strong>do</strong>mínio.<br />

Conjuntamente, os da<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>is momentos principais, e as respostas que estes<br />

permitiram obter para as questões de investigação QI1 a QI8, foram agrega<strong>do</strong>s, articula<strong>do</strong>s e<br />

integra<strong>do</strong>s por forma a responder à questão de investigação QI9.<br />

A decisão tomada neste projecto de organizar a fase de geração e análise de da<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is<br />

momentos — estu<strong>do</strong> Delphi e entrevistas — configura uma abordagem multi-méto<strong>do</strong> ao processo de<br />

investigação. Apesar de algumas críticas feitas à utilização deste tipo de abordagens, avançadas<br />

essencialmente por autores que detêm e premeiam perspectivas epistemológicas/filosóficas mais<br />

―puras‖ [Guba e Lincoln 1994; Sale 2002], a utilização de abordagens multi-méto<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong><br />

frequentemente defendida e apontada como uma prática valiosa no <strong>do</strong>mínio da investigação em<br />

diversas áreas científicas, pelo facto de fornecer uma base contextual mais rica que permite um<br />

melhor entendimento <strong>do</strong> tópico que está a ser testa<strong>do</strong>, interpreta<strong>do</strong> ou explora<strong>do</strong> [Galliers 1993;<br />

Lee 1991; Miles e Huberman 1994; Mingers 2001; Morgan 1998; Onwuegbuzie e Leech 2005].

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