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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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102 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> fazer assentar o processo de geração de conhecimento na captura e síntese das opiniões<br />

de pessoas consideradas peritas no <strong>do</strong>mínio e, como tal, possui<strong>do</strong>ras de uma experiência prática<br />

acumulada que lhes permite deter uma percepção <strong>do</strong>s múltiplos aspectos envolvi<strong>do</strong>s no fenómeno<br />

[Landeta 2006; Linstone e Turoff 1975].<br />

Adicionalmente, o facto de o Delphi ter uma natureza iterativa permite que novas ideias<br />

possam ser descobertas e incorporadas à medida que o estu<strong>do</strong> progride [Schmidt 1997], o que<br />

possibilita uma exploração mais intensa <strong>do</strong> fenómeno, algo inviável se fosse utilizada uma forma de<br />

questionário não iterativa.<br />

Também o facto de se tratar de uma técnica de grupo, ainda que realizada à distância e de<br />

forma anónima, pelo facto de ter incorpora<strong>do</strong>s mecanismos de feedback de resulta<strong>do</strong>s, permite que<br />

os participantes repensem as suas opções iniciais à luz das opiniões e perspectivas manifestadas<br />

pelos restantes elementos <strong>do</strong> grupo [Schmidt 1997], o que se julga poder contribuir para uma<br />

maior consistência nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

Assim, após uma apreciação cuidada das características <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Delphi e da sua<br />

comparação com outras técnicas aparentemente alternativas, como o envio de um questionário em<br />

formato normal ou a realização de grupos focais, considerou-se que o méto<strong>do</strong> Delphi constituía uma<br />

alternativa muito interessante para responder às questões de investigação QI1 a QI4.<br />

O segun<strong>do</strong> momento da fase de geração de da<strong>do</strong>s consistiu na realização de entrevistas,<br />

cujos detalhes de concepção se apresentam na Secção 3.5.2 deste <strong>do</strong>cumento. As entrevistas<br />

permitiram gerar da<strong>do</strong>s com vista a responder às questões de investigação QI5 a QI8.<br />

A natureza destas questões de investigação, focadas no entendimento da complexidade <strong>do</strong><br />

fenómeno de interoperabilidade — particularmente no complexo de forças actuantes e na dinâmica<br />

que o caracteriza — e nos porquês associa<strong>do</strong>s a esse fenómeno, requeria a utilização de uma<br />

técnica que permitisse recolher as percepções e as explicações <strong>do</strong>s participantes acerca <strong>do</strong><br />

fenómeno de interoperabilidade.<br />

De acor<strong>do</strong> com testemunhos encontra<strong>do</strong>s na literatura, este tipo questões não são passíveis<br />

de ser respondidas através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Delphi. Morga<strong>do</strong> et al. [1999], por exemplo, alertam para o<br />

facto de que, no decorrer de um estu<strong>do</strong> Delphi, os peritos avaliam e julgam os itens em estu<strong>do</strong> — ou<br />

forças, de acor<strong>do</strong> com a terminologia a<strong>do</strong>ptada neste trabalho — de forma algo independente,<br />

tratan<strong>do</strong>-os como eventos isola<strong>do</strong>s. Este facto não permite evidenciar possíveis interacções<br />

existentes entre esses itens, apesar de, como sublinham os mesmos autores, poder acontecer que

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