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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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82 Capítulo 3: Fundamentação e Descrição <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong><br />

Formulada a tese defendida neste trabalho, e definidas as questões de investigação àquela<br />

aliadas, apresenta-se na Secção 3.5 a estratégia de investigação a<strong>do</strong>ptada com vista à geração e<br />

análise <strong>do</strong>s materiais empíricos que permitiram responder às questões de investigação enunciadas.<br />

Por fim, na Secção 3.6, sintetizam-se as principais contribuições deste capítulo.<br />

3.2 Posicionamento Filosófico<br />

O posicionamento filosófico de um investiga<strong>do</strong>r traduz o conjunto de visões e orientações<br />

fundamentais, por ele possuídas, relativamente à forma como perspectiva o ―mun<strong>do</strong>‖ e o processo<br />

de criação e desenvolvimento de conhecimento e de ciência [Creswell 1994].<br />

Este conjunto de orientações filosóficas, que, implícita ou explicitamente to<strong>do</strong>s os<br />

investiga<strong>do</strong>res detêm [Burrell e Morgan 1979], rege invariavelmente a forma como o investiga<strong>do</strong>r<br />

aborda e orienta o seu trabalho. To<strong>do</strong> o processo de investigação — desde o momento em que é<br />

eleito o tópico em estu<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> pela identificação <strong>do</strong> problema, pela formulação das questões<br />

de investigação e da estratégia a a<strong>do</strong>ptar, pelo processo de recolha e análise de da<strong>do</strong>s, até à<br />

derivação das conclusões <strong>do</strong> trabalho — é influencia<strong>do</strong> pelo posicionamento filosófico <strong>do</strong><br />

investiga<strong>do</strong>r [Guba e Lincoln 1994; Miles e Huberman 1994]. Por este facto, julga-se que seja<br />

importante e benéfico para o seu trabalho, que o investiga<strong>do</strong>r reflicta, tão ce<strong>do</strong> quanto possível,<br />

sobre as suas visões e convicções e sobre as implicações que essas visões podem ter na forma<br />

como pretende conceber e conduzir toda a sua investigação.<br />

Tão importante como realizar essa auto-reflexão é, segun<strong>do</strong> Miles e Huberman [1994],<br />

explicitar e tornar públicas, para os potenciais leitores <strong>do</strong> seu trabalho, as orientações <strong>do</strong><br />

investiga<strong>do</strong>r. Com efeito, a clarificação <strong>do</strong> seu posicionamento filosófico permite que o leitor avalie,<br />

julgue e entenda as decisões e posições assumidas pelo investiga<strong>do</strong>r, o que pode ser<br />

preponderante para uma melhor compreensão <strong>do</strong> processo de investigação e <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s<br />

[Caldeira e Romão 2002].<br />

Atentan<strong>do</strong> neste facto, o objectivo desta secção centra-se precisamente na explicitação das<br />

orientações que constituem a matriz filosófica da autora e que moldaram to<strong>do</strong> o trabalho de<br />

investigação aqui descrito.

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