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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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1) O ranking e a avaliação do candidato ótimo (= que vai ser enunciado) se dá<br />

através <strong>de</strong> restrições imp<strong>os</strong>tas por princípi<strong>os</strong> funcio<strong>na</strong>is.<br />

2) Crucial é a distinção entre <strong>os</strong> traç<strong>os</strong> perceptuais e <strong>os</strong> traç<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong>.<br />

3) Essa distinção leva à prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> uma <strong>gramática</strong> perceptual e uma<br />

<strong>gramática</strong> <strong>de</strong> produção.<br />

4) Introdução do conceito da gradação d<strong>os</strong> rankings, em que nenhum é<br />

totalmente fixo e nenhum totalmente livre.<br />

5) O local on<strong>de</strong> <strong>os</strong> rankings são fixad<strong>os</strong> é a <strong>gramática</strong> do indivíduo.<br />

Já discutim<strong>os</strong> a distinção entre traç<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong> e perceptuais <strong>na</strong> seção<br />

anterior, <strong>de</strong> modo que, <strong>de</strong>ntre esses cinco aspect<strong>os</strong>, restam dois (4 e 5) d<strong>os</strong> quais<br />

ainda não tratam<strong>os</strong> e que são <strong>de</strong> maior interesse para a n<strong>os</strong>sa abordagem. Ao situar<br />

a fixação d<strong>os</strong> rankings (5) <strong>na</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>, <strong>os</strong> argument<strong>os</strong> <strong>de</strong> Boersma<br />

(1998) apresentam alguma familiarida<strong>de</strong> com <strong>os</strong> <strong>de</strong> Hopper (1987, ver seção 4.1.2).<br />

Para amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> autores, não existe uma representação mental coletiva i<strong>de</strong>al. Na<br />

idéia da gradação d<strong>os</strong> rankings (4) repete-se, primeiro, a noção da eter<strong>na</strong> disputa –<br />

não somente entre as <strong>gramática</strong>s individuais d<strong>os</strong> interlocutores, mas também entre<br />

<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> funcio<strong>na</strong>is articulatório e perceptual, cujo processo apresentam<strong>os</strong> no<br />

próximo parágrafo. O segundo aspecto importante da gradação d<strong>os</strong> rankings revela-<br />

se em uma observação <strong>de</strong> Zuraw (2003), que comenta que o ranking das constrições<br />

é probabilístico e que para cada enunciado há uma nova avaliação do falante.<br />

A partir da distinção <strong>de</strong> amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> participantes do processo comunicativo, falante e<br />

ouvinte, Boersma (1998:3) formula a sua noção fundamental através <strong>de</strong> cinco<br />

princípi<strong>os</strong> funcio<strong>na</strong>is, que norteiam a comunicação eficiente e efetiva.<br />

1) O falante 93 minimiza o seu esforço articulatório em número e complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gest<strong>os</strong> e coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção.<br />

2) O falante minimiza a confusão perceptual entre enunciad<strong>os</strong> <strong>de</strong> significad<strong>os</strong><br />

diferentes.<br />

3) O ouvinte minimiza o esforço necessário para a classificação e usa o menor<br />

número <strong>de</strong> categorias perceptuais p<strong>os</strong>sível.<br />

93 Na verda<strong>de</strong>, no origi<strong>na</strong>l inglês, Boersma (1998) coloca o pronome feminino “she” para a<br />

referência a falantes e ouvintes. Crem<strong>os</strong> que o faz por consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> “political correctness”<br />

que julgam<strong>os</strong> interessantes, porém, por falta <strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong> n<strong>os</strong>sa com <strong>os</strong> respectiv<strong>os</strong><br />

c<strong>os</strong>tumes em publicações científicas no Brasil, optam<strong>os</strong>, por enquanto, pela adaptação à<br />

forma masculi<strong>na</strong>.<br />

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