10.01.2013 Views

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(c) que consi<strong>de</strong>re a influência simultânea <strong>de</strong> fatores oriund<strong>os</strong> <strong>de</strong> divers<strong>os</strong> domíni<strong>os</strong><br />

interligad<strong>os</strong>. Esse conceito é que n<strong>os</strong> propom<strong>os</strong> a <strong>de</strong>senvolver neste capítulo. Trata-<br />

se <strong>de</strong> conceber a língua como um sistema complexo. Tentarem<strong>os</strong> a<strong>na</strong>lisar a<br />

variação fonético-fonológica <strong>de</strong>ntro do sistema, e não à parte <strong>de</strong>le, integrando o<br />

conceito <strong>de</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> nessa visão do sistema complexo.<br />

4.2 A língua como sistema complexo<br />

Começam<strong>os</strong> esta seção com um resumo introdutório daquilo que, neste trabalho,<br />

enten<strong>de</strong>m<strong>os</strong> por um sistema complexo, antecipando <strong>os</strong> conceit<strong>os</strong>-chave que<br />

apresentarem<strong>os</strong> e discutirem<strong>os</strong> <strong>de</strong> modo mais abrangente no <strong>de</strong>correr do capítulo.<br />

Os estud<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> <strong>na</strong> linha funcio<strong>na</strong>lista não se inscrevem num<br />

quadro teórico unificado, uma vez que a lingüística funcio<strong>na</strong>l recobre diferentes<br />

vertentes. Eles apresentam um alto grau <strong>de</strong> pluralida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s suas<br />

origens. Para o n<strong>os</strong>so estudo, o conceito <strong>de</strong> língua que serve como fundamento à<br />

escolha e à <strong>de</strong>finição da abordagem fonológica funcio<strong>na</strong>l prop<strong>os</strong>ta, é baseado <strong>na</strong><br />

noção <strong>de</strong> língua como um meio <strong>de</strong> comunicação que é tanto resultado <strong>de</strong>, quanto<br />

um instrumento para a constituição da interação social entre <strong>os</strong> seres human<strong>os</strong>.<br />

Concebem<strong>os</strong> a língua como:<br />

1) um sistema complexo (WILDGEN, 2005), (discutido em 4.2.1);<br />

2) comp<strong>os</strong>ta por formas e organizações <strong>de</strong>ssas formas emergentes (HOPPER,<br />

1987), (em 4.2.2); e<br />

3) representada <strong>na</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>, sendo um recurso para a<br />

organização da interação huma<strong>na</strong> (SELTING, COUPER-KUHLEN, 2000), (em<br />

4.2.3).<br />

Para a elaboração teórico-metodológica da n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> abordagem funcio<strong>na</strong>l<br />

que concebe a língua como um sistema complexo, partim<strong>os</strong> do p<strong>os</strong>tulado <strong>de</strong><br />

Wildgen (2005) acerca do paradigma dinâmico, <strong>de</strong>pois discutim<strong>os</strong> a emergência da<br />

<strong>gramática</strong> <strong>na</strong> perspectiva <strong>de</strong> Hopper (1987). No fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong>sta seção apresentam<strong>os</strong> a<br />

n<strong>os</strong>sa noção <strong>de</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>, situando-a face ao conceito <strong>de</strong> língua como<br />

um recurso para a interação huma<strong>na</strong> (SELTING, COUPER-KUHLEN, 2000). Após<br />

essa reflexão teórica acerca da relação entre o sistema complexo e a <strong>gramática</strong><br />

85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!