os róticos intervocálicos na gramática individual de
os róticos intervocálicos na gramática individual de
os róticos intervocálicos na gramática individual de
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
4 A abordagem <strong>de</strong>ste estudo<br />
Neste capítulo apresentam<strong>os</strong> o conceito <strong>de</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>. A <strong>gramática</strong><br />
<strong>individual</strong> constitui o domínio em que pesquisam<strong>os</strong> o quadro fonético-fonológico<br />
d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>. O capítulo é dividido em quatro seções. Primeiro, em 4.1, introduzim<strong>os</strong><br />
a abordagem da lingüística funcio<strong>na</strong>l, relacio<strong>na</strong>ndo-a com <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> gerativo e<br />
estruturalista d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> exp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> no capítulo 2. Em 4.2, tratam<strong>os</strong> do conceito <strong>de</strong><br />
língua em que baseam<strong>os</strong> o n<strong>os</strong>so estudo e <strong>de</strong>ntro do qual a) concebem<strong>os</strong> o âmbito<br />
fonético-fonológico que discutim<strong>os</strong> em 4.3 e, b) <strong>de</strong>senvolvem<strong>os</strong> uma prop<strong>os</strong>ta para a<br />
representação da <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>, sobre a qual n<strong>os</strong> <strong>de</strong>bruçam<strong>os</strong> em 4.4.<br />
A discussão neste capítulo é orientada pelas seguintes questões: (1) O que é a<br />
<strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> e como ela se relacio<strong>na</strong> com e se situa face ao conceito <strong>de</strong><br />
língua como um sistema complexo? (2) Como é a relação entre <strong>os</strong> domíni<strong>os</strong><br />
lingüístic<strong>os</strong> no interior do sistema complexo e como concebem<strong>os</strong> o âmbito fonético-<br />
fonológico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse conceito? Seguindo essas perguntas e <strong>de</strong>senvolvendo a<br />
n<strong>os</strong>sa abordagem <strong>de</strong>ntro do fio condutor por elas constituído, preten<strong>de</strong>m<strong>os</strong> chegar,<br />
no fi<strong>na</strong>l do capítulo, a propor uma representação fonético-fonológica <strong>na</strong> <strong>gramática</strong><br />
<strong>individual</strong>.<br />
Os principais trabalh<strong>os</strong> n<strong>os</strong> quais orientam<strong>os</strong> a construção da abordagem teórica<br />
para o n<strong>os</strong>so estudo, a saber, o paradigma dinâmico <strong>de</strong> Wil<strong>de</strong>n (2005), a teoria da<br />
<strong>gramática</strong> emergente <strong>de</strong> Hopper (1987) e <strong>os</strong> fundament<strong>os</strong> teóric<strong>os</strong> da lingüística<br />
interacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Selting e Couper-Kuhlen (2000) serão introduzid<strong>os</strong> <strong>na</strong> seção 4.2. Na<br />
seção 4.3 discutim<strong>os</strong> o aspecto fonético-fonológico que integra o sistema complexo<br />
da língua, trazendo <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> <strong>de</strong> Boersma (1998) e <strong>de</strong> De Boer (1997). Uma vez<br />
que recusam<strong>os</strong> a visão fonológica estruturalista e, portanto, não utilizam<strong>os</strong> o<br />
conceito <strong>de</strong> fonema concebido por ela, precisam<strong>os</strong> a<strong>na</strong>lisar que tipo <strong>de</strong><br />
representação lingüística po<strong>de</strong> substituir o fonema para <strong>os</strong> fins <strong>de</strong> n<strong>os</strong>sa análise.<br />
Com esse objetivo, <strong>na</strong> seção 4.4, avaliam<strong>os</strong> a concepção <strong>de</strong> Bybee (2001 e 2005)<br />
acerca da fonologia <strong>de</strong> uso e a adaptam<strong>os</strong> à n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> abordagem para<br />
chegar a uma síntese teórica e uma breve antecipação das implicações do n<strong>os</strong>so<br />
mo<strong>de</strong>lo teórico para a metodologia a ser aplicada neste estudo.<br />
83