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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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com a instabilida<strong>de</strong> causada pelo contato entre línguas em Blume<strong>na</strong>u, conforme<br />

expom<strong>os</strong> <strong>na</strong> seção 3.3.3.<br />

3.5 Resumo do capítulo<br />

Neste capítulo, m<strong>os</strong>tram<strong>os</strong> o contato entre o alemão e o PB <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u<br />

em suas diferentes etapas sócio-históricas até o presente, além <strong>de</strong> apresentar<br />

resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> dois estud<strong>os</strong>, que compartilham algumas características<br />

semelhantes, sobre o contato lingüístico entre o italiano e o PB no Sul do Brasil.<br />

Vim<strong>os</strong> que há uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dialet<strong>os</strong>, como também influências <strong>de</strong><br />

diferentes características que contribuíram e ainda contribuem para a formação da<br />

varieda<strong>de</strong> do PB em contato com o alemão. Descrevem<strong>os</strong> o quadro fonético-<br />

fonológico d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB e no alemão, mas sem formular hipóteses sobre<br />

p<strong>os</strong>síveis influências baseadas somente <strong>na</strong> comparação contrastiva entre as duas<br />

línguas. Face a tamanha diversida<strong>de</strong>, argumentam<strong>os</strong> pela imp<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

assumir, como mecanismo expla<strong>na</strong>tório, simplesmente a existência <strong>de</strong> traç<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

interferência do alemão sobre o português. Admitim<strong>os</strong> que não é p<strong>os</strong>sível explicar<br />

<strong>os</strong> <strong>de</strong>svi<strong>os</strong> que se percebem ao se comparar a pronúncia d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u com o padrão esperado (conforme <strong>de</strong>scrito no capítulo 2) com base<br />

ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> noção <strong>de</strong> línguas em contato, mais especificamente, consi<strong>de</strong>rando<br />

somente <strong>os</strong> diferentes estági<strong>os</strong> <strong>de</strong> bilingualida<strong>de</strong> e bilingüismo <strong>na</strong> situação <strong>de</strong><br />

mudança em curso atual.<br />

Propom<strong>os</strong>, então, caracterizar a situação <strong>de</strong> contato entre línguas como um pano <strong>de</strong><br />

fundo para a n<strong>os</strong>sa análise fonológica, assumindo que uma varieda<strong>de</strong> dialetal,<br />

historicamente sujeita a influência exter<strong>na</strong> <strong>de</strong> outra língua (ou <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> dialet<strong>os</strong>) e<br />

atualmente sujeita a mudanças sociolingüísticas (como a diminuição <strong>de</strong> falantes<br />

bilíngües e a tendência para o monolingüismo português <strong>na</strong> região), po<strong>de</strong> se<br />

constituir num locus <strong>de</strong> análise capaz <strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>r um olhar diferente sobre o<br />

português e, conseqüentemente, <strong>de</strong>svelar aspect<strong>os</strong> que, em outr<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> análise,<br />

se ocultam.<br />

Consi<strong>de</strong>ram<strong>os</strong> que esse cenário <strong>de</strong> contato lingüístico não-estável representa um<br />

momento sociolingüístico que leva, mais do que outras situações lingüisticamente<br />

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