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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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modificaram, talvez diminuíram em alguns aspect<strong>os</strong> o quadro d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> do alemão<br />

e do PB, aumentando o, em outr<strong>os</strong>. As gerações seguintes, ou, melhor colocar, <strong>os</strong><br />

indivídu<strong>os</strong> pertencentes a gerações seguintes, cresceram e adquiriram, em formas<br />

<strong>de</strong> bilingüismo e bilingualida<strong>de</strong> diferentes no que concerne modo <strong>de</strong> aquisição /<br />

aprendizagem e grau <strong>de</strong> domínio, conforme exp<strong>os</strong>to por Heye (2003, seção 3.2.1). O<br />

quadro contrastivo, que expom<strong>os</strong> <strong>na</strong> figura 11, não reflete a real relação <strong>de</strong> formas<br />

fonéticas e fonológicas presentes <strong>na</strong> biografia lingüística d<strong>os</strong> falantes consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong><br />

para o n<strong>os</strong>so estudo. Esse quadro somente po<strong>de</strong> ser imagi<strong>na</strong>do como uma<br />

aproximação. Suponham<strong>os</strong> que a realida<strong>de</strong> seja mais complexa.<br />

No capítulo 4 dam<strong>os</strong> pr<strong>os</strong>seguimento às n<strong>os</strong>sas consi<strong>de</strong>rações em relação ao<br />

quadro fonético-fonológico aqui prop<strong>os</strong>to. Porém, antes <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rm<strong>os</strong> passar para as<br />

teorias e análises fonológicas chaves <strong>de</strong> n<strong>os</strong>so trabalho, m<strong>os</strong>trarem<strong>os</strong> como, a n<strong>os</strong>so<br />

ver, a situação <strong>de</strong> línguas em contato investigada nesta seção se relacio<strong>na</strong> com a<br />

n<strong>os</strong>sa abordagem fonológica. Propom<strong>os</strong> que o contato lingüístico <strong>na</strong> região sob<br />

estudo sirva, antes <strong>de</strong> tudo, como um pano <strong>de</strong> fundo para a n<strong>os</strong>sa análise.<br />

3.3.3 O contato lingüístico como pano <strong>de</strong> fundo para a análise<br />

fonológica<br />

M<strong>os</strong>tram<strong>os</strong>, até aqui, que o fenômeno d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> não apresenta homogeneida<strong>de</strong> em<br />

nenhuma das varieda<strong>de</strong>s que compõem e contribuem para o contato lingüístico<br />

entre o alemão e o português <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u. Notam<strong>os</strong> a gran<strong>de</strong> variação<br />

fonética, assim como a questão fonológica controversa para o PB em geral,<br />

<strong>de</strong>screvem<strong>os</strong> a origem pluri-dialetal e a influência inter-dialetal e intra-lingual das<br />

varieda<strong>de</strong>s alemãs e do português falado em Blume<strong>na</strong>u <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do contato<br />

entre essas duas línguas <strong>na</strong> região. Por último, verificam<strong>os</strong> que tampouco há<br />

homogeneida<strong>de</strong> n<strong>os</strong> graus <strong>de</strong> aquisição, aprendizagem e mesmo uso das varieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ssas duas línguas em Blume<strong>na</strong>u hoje.<br />

Consi<strong>de</strong>rando esse quadro bastante diversificado e heterogêneo, julgam<strong>os</strong><br />

justificada o bastante a n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> uma simples análise<br />

contrastiva para chegar a conclusões sobre uma p<strong>os</strong>sível interferência do alemão no<br />

PB <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u. Numa abordagem alter<strong>na</strong>tiva a essa, n<strong>os</strong>sa intenção é trazer para<br />

a discussão a visão <strong>de</strong> Föl<strong>de</strong>s (2002) e R<strong>os</strong>enberg (2005), a respeito <strong>de</strong> como se po<strong>de</strong><br />

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