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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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1) que a sua difusão, hoje em dia, não é limitada às regiões urba<strong>na</strong>s; e,<br />

2) que <strong>os</strong> dialet<strong>os</strong> falad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> imigrantes alemães no Brasil se origi<strong>na</strong>ram<br />

tanto em regiões <strong>na</strong>s quais a variante uvular <strong>de</strong>morou a predomi<strong>na</strong>r (como<br />

é, sup<strong>os</strong>tamente, o caso do dialeto pomerano), quanto em regiões <strong>na</strong>s quais<br />

se observa uma difusão da variante uvular já mais antiga (como é o caso do<br />

dialeto vestefaliano e, provavelmente, também do hunsrückisch).<br />

Portanto, assumim<strong>os</strong> que <strong>os</strong> dialet<strong>os</strong> trazid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> imigrantes alemães para a<br />

região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u continham tanto a forma alveolar quanto a forma uvular. Não<br />

sabem<strong>os</strong> se uma das duas se tornou predomi<strong>na</strong>nte, mas é importante lembrar que<br />

o fator fonológico mais relevante resi<strong>de</strong> no fato da distinção entre as duas formas<br />

fonéticas não estar relacio<strong>na</strong>da a uma função fonológica. Salientam<strong>os</strong>, ainda, o<br />

contraste mais fundamental entre a relação fonético-fonológica no PB e no alemão,<br />

m<strong>os</strong>trado a seguir.<br />

No PB, as fricativas velar [x] e glotal [h] integram o quadro fonético d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>, e<br />

pertencem ao(s) fonema(s) (do) “erre(s)”. A diferença entre o tepe [ɾ] e as variantes<br />

p<strong>os</strong>teriores é lexicalmente significativo em português, ao passo que no alemão<br />

encontram<strong>os</strong> o quadro op<strong>os</strong>to: as trocas entre a alveolar e a uvular não alteram o<br />

significado, enquanto as fricativas velar [x] e glotal [h] constituem fonemas própri<strong>os</strong>.<br />

Perspectivizando esse contraste entre o PB e o alemão em term<strong>os</strong> da fonologia<br />

funcio<strong>na</strong>l, que parte da idéia <strong>de</strong> que contrastes fonétic<strong>os</strong> se formam <strong>na</strong> interação<br />

d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> articulatório (princípio <strong>de</strong> fazer o menor esforço articulatório) e<br />

perceptual (princípio <strong>de</strong> aumentar a perceptibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> traç<strong>os</strong> chaves que<br />

carregam a distinção lexical), vem<strong>os</strong> a op<strong>os</strong>ição <strong>de</strong>scrita a seguir.<br />

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