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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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já incorporada <strong>na</strong> varieda<strong>de</strong> do português <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u. Mailer (2003:8) resume a<br />

situação do alemão em Blume<strong>na</strong>u <strong>de</strong> hoje:<br />

Contudo, hoje, a língua aparece muito pouco no contexto social, restringindo-se a<br />

nomes <strong>de</strong> restaurantes, lojas, ruas, escolas somente. Não há nenhum periódico em<br />

língua alemã e nem mesmo qualquer programa <strong>de</strong> televisão, que seja veiculado nessa<br />

língua. Há somente uma emissora <strong>de</strong> rádio que transmite uma programação musical<br />

com repertório alemão. A zo<strong>na</strong> urba<strong>na</strong>, entretanto, está impreg<strong>na</strong>da da cultura alemã,<br />

seja n<strong>os</strong> valores e comportament<strong>os</strong>, no modo <strong>de</strong> vida das pessoas, ou mesmo n<strong>os</strong><br />

hábit<strong>os</strong> e c<strong>os</strong>tumes, como a gastronomia, a arquitetura, <strong>os</strong> clubes <strong>de</strong> caça e tiro, as<br />

escolas particulares ligadas às igrejas católica ou evangélica, vári<strong>os</strong> clubes e<br />

associações esportivas e recreativas que <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cultura germânica,<br />

como corais, dança, e mais recentemente, as chamadas “tradições inventadas,” como<br />

<strong>os</strong> grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> dança folclórica e a Oktoberfest. Enfim, a língua alemã, <strong>na</strong> qual <strong>os</strong><br />

imigrantes expressaram as manifestações culturais, hoje está, até certo ponto,<br />

excluída do contexto local.<br />

Vim<strong>os</strong>, nesta seção, que o contato entre o alemão e o português <strong>na</strong> região <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u já passou por fases histórica e lingüisticamente bem diversas.<br />

Atualmente, é dada como certa a tendência <strong>de</strong> o alemão per<strong>de</strong>r cada vez mais<br />

significância <strong>na</strong> vida cotidia<strong>na</strong>, ao mesmo tempo em que a sua aquisição como<br />

língua mater<strong>na</strong> ficou men<strong>os</strong> comum. Na seção a seguir, procuram<strong>os</strong> levantar<br />

algumas características fonéticas e fonológicas do alemão que n<strong>os</strong> permitam<br />

focalizar a discussão em n<strong>os</strong>so objeto <strong>de</strong> estudo, <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>.<br />

3.3.2 A pronúncia d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no alemão e <strong>na</strong> varieda<strong>de</strong> do alemão<br />

falada em Blume<strong>na</strong>u<br />

Não sabem<strong>os</strong> com muit<strong>os</strong> <strong>de</strong>talhes como e quais dialet<strong>os</strong> alemães tiveram maior<br />

influência <strong>na</strong> formação da varieda<strong>de</strong> do alemão <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u. Não existe um<br />

mapeamento das formas e diferenças no alemão falado hoje <strong>na</strong> região 60. Embora<br />

saibam<strong>os</strong> <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se origi<strong>na</strong>ram <strong>os</strong> principais grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> imigrantes no fi<strong>na</strong>l do<br />

século XIX (Mailer (2003) mencio<strong>na</strong> Hannover, Braunschweig, Ol<strong>de</strong>nburg e<br />

Prússia), certamente há uma diversida<strong>de</strong> muito maior, contando com <strong>os</strong> imigrantes<br />

oriund<strong>os</strong> <strong>de</strong> outras regiões <strong>de</strong> língua alemã, como Áustria, Suíça e, parcialmente, <strong>de</strong><br />

regiões russas, além da migração intra-brasileira, que trouxe falantes do dialeto ou<br />

da coiné hunsrückisch, do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul para a região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u.<br />

60 Mailer (2003:30).<br />

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