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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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atenção, nesse perfil empírico, é que o fator “p<strong>os</strong>ição <strong>na</strong> sílaba” não foi selecio<strong>na</strong>do<br />

como significativo. Neste ponto, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Margotti (2004) não corroboram <strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> Mo<strong>na</strong>retto (1997), n<strong>os</strong> quais o fator “p<strong>os</strong>ição <strong>na</strong> sílaba” foi selecio<strong>na</strong>do<br />

geralmente em segundo lugar, <strong>de</strong>pois do “grupo geográfico” 46. Não obstante, <strong>na</strong><br />

análise empírica <strong>de</strong> Margotti (2004), encontram<strong>os</strong> um perfil micro-geográfico que<br />

revela em mais <strong>de</strong>talhes a influência do “grupo geográfico”. No capítulo 6<br />

apresentarem<strong>os</strong> o perfil d<strong>os</strong> falantes e as variáveis consi<strong>de</strong>radas em n<strong>os</strong>so estudo,<br />

discutindo n<strong>os</strong> capítul<strong>os</strong> 6 e 8 o caso <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, comparando <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

resultad<strong>os</strong> com <strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> nesta seção.<br />

De modo a contextualizar a n<strong>os</strong>sa pesquisa sobre <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u,<br />

apresentam<strong>os</strong>, <strong>na</strong> seção a seguir, o quadro sócio-histórico do contato entre o<br />

português e o alemão <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, e discutim<strong>os</strong> brevemente <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong><br />

fonético-fonológic<strong>os</strong> do alemão que p<strong>os</strong>suem relevância para a investigação d<strong>os</strong><br />

rótic<strong>os</strong>.<br />

3.3 O contato entre as varieda<strong>de</strong>s do PB e do alemão em<br />

Blume<strong>na</strong>u<br />

O foco do n<strong>os</strong>so trabalho recai sobre um aspecto do contato lingüístico que, <strong>na</strong><br />

lingüística especializada da área, ten<strong>de</strong> a situar-se mais distante do que é<br />

geralmente o centro <strong>de</strong> atenção d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong>: a influência da língua minoritária (em<br />

n<strong>os</strong>so caso, o alemão) sobre a língua domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> comunida<strong>de</strong> (o português) 47 . A<br />

escolha <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u como comunida<strong>de</strong> lingüística integrante do banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong><br />

do projeto VARSUL, o qual visa contemplar em sua am<strong>os</strong>tra <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong><br />

mais representativ<strong>os</strong> <strong>de</strong> cada estado do Sul, motivou-se explicitamente pela<br />

influência da colonização alemã nessa região. Não obstante, é difícil encontrar<br />

estud<strong>os</strong> que abor<strong>de</strong>m tal influência sobre o português <strong>de</strong> maneira a consi<strong>de</strong>rar<br />

aspect<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong> do alemão em <strong>de</strong>talhes.<br />

46 Ver Mo<strong>na</strong>retto (1997:90) para as variantes vibrante anterior, vibrante p<strong>os</strong>terior e<br />

retroflexa. O “grupo geográfico” foi selecio<strong>na</strong>do em primeiro lugar, e “p<strong>os</strong>ição <strong>na</strong> sílaba” em<br />

segundo; no caso do tepe, a or<strong>de</strong>m d<strong>os</strong> dois fatores se inverte.<br />

47 Existe uma tendência a maior interesse <strong>na</strong> análise do ângulo op<strong>os</strong>to, ou seja, <strong>de</strong> observar<br />

fenômen<strong>os</strong> <strong>de</strong> contato manifestad<strong>os</strong> <strong>na</strong> língua minoritária.<br />

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