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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma língua franca (como resultado do contato lingüístico,<br />

um fenômeno <strong>de</strong> “língua <strong>de</strong> contato”) ou <strong>de</strong> uma nova língua (pidgin e crioula) são<br />

tod<strong>os</strong> a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong> sob o termo <strong>de</strong> “línguas em contato”. N<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> bilingüismo,<br />

Heye (2003) distingue entre o “minoritário” e o “equilibrado”. Enquanto este se<br />

apresenta em um momento estável <strong>na</strong> relação entre as línguas em contato <strong>de</strong> uma<br />

comunida<strong>de</strong>, aquele po<strong>de</strong> levar a um bilingüismo residual ou até ao<br />

<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> uma das línguas e a um relativo monolingüismo 40. N<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

bilingualida<strong>de</strong>, Heye (2003) distingue <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> bilíngües pela forma <strong>de</strong><br />

aquisição ou aprendizagem das línguas em questão, e pela distribuição das<br />

funções, se ambas as línguas se esten<strong>de</strong>m no seu uso <strong>de</strong> maneira equilibrada ou se<br />

uma das línguas é domi<strong>na</strong>nte e a outra subordi<strong>na</strong>da.<br />

Resumindo as <strong>de</strong>finições terminológicas aplicadas ao n<strong>os</strong>so trabalho, po<strong>de</strong>m<strong>os</strong><br />

colocar <strong>os</strong> seguintes exempl<strong>os</strong>:<br />

língua - português e alemão<br />

dialet<strong>os</strong> alemães - as varieda<strong>de</strong>s regio<strong>na</strong>is faladas <strong>na</strong> Alemanha<br />

varieda<strong>de</strong>(s) em contato - o português (com o alemão) <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato (inter-dialetal) - o alemão falado em Blume<strong>na</strong>u<br />

Figura 7. Primeiro quadro da terminologia prop<strong>os</strong>ta por Heye (2003), aplicado a<br />

exempl<strong>os</strong> <strong>de</strong>ste estudo.<br />

Acreditam<strong>os</strong> que o caso d<strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u encaixa-se aproximadamente<br />

<strong>na</strong>s seguintes <strong>de</strong>finições dadas por Heye (2003), exp<strong>os</strong>tas <strong>na</strong> figura 8. No capítulo 6<br />

voltarem<strong>os</strong> à discussão acerca do status do bilingüismo <strong>na</strong> região, discutindo e<br />

testando a n<strong>os</strong>sa classificação com <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> pessoais das entrevistas que<br />

constituem a n<strong>os</strong>sa am<strong>os</strong>tra. Explicitando a n<strong>os</strong>sa expectativa sobre o tipo <strong>de</strong><br />

bilingualida<strong>de</strong> e bilingüismo d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, antecipam<strong>os</strong> a<br />

questão da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala como colocada por Labov. A n<strong>os</strong>sa referência é a<br />

comunida<strong>de</strong> social, o contexto em que indivídu<strong>os</strong> entram em comunicação. Geralmente,<br />

quando falam<strong>os</strong> em comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste trabalho, referim<strong>os</strong> à cida<strong>de</strong> em questão,<br />

Blume<strong>na</strong>u ou Lages.<br />

40 O termo, sugerido por Föl<strong>de</strong>s (1999), reflete o fato <strong>de</strong> que, <strong>na</strong>s abordagens <strong>de</strong> fenômen<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> contato entre línguas e <strong>de</strong> bilingüismo, é comum mencio<strong>na</strong>r que não existe uma situação<br />

lingüística real em que não haja nenhuma forma <strong>de</strong> contato entre línguas. Portanto,<br />

justifica-se i<strong>de</strong>alizar as línguas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um espectro <strong>de</strong> mais ou men<strong>os</strong> contato lingüístico,<br />

em vez <strong>de</strong> estabelecer uma dicotomia estática entre fenômen<strong>os</strong> <strong>de</strong> monolingüismo e<br />

bilingüismo. O mesmo vale, <strong>de</strong> forma adaptada, para a situação d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> informantes que<br />

também apresentam graus diferentes <strong>de</strong> bi- e monolingualida<strong>de</strong>.<br />

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