os róticos intervocálicos na gramática individual de
os róticos intervocálicos na gramática individual de
os róticos intervocálicos na gramática individual de
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
“dialeto” como relativas, situadas em um contínuo, <strong>de</strong>ntro do qual chamarem<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />
“língua” aquelas entida<strong>de</strong>s que são mais codificadas. Em n<strong>os</strong>so caso, estas são,<br />
basicamente, o alemão e o português. A codificação acontece, entre outr<strong>os</strong> fatores,<br />
mediante normas ensi<strong>na</strong>das <strong>na</strong> alfabetização, <strong>gramática</strong>s (normativas), socialização<br />
<strong>de</strong> idéias sobre falares corret<strong>os</strong> e incorret<strong>os</strong>, e através da normatização ortográfica.<br />
Para muit<strong>os</strong> “dialet<strong>os</strong>” não existem formas institucio<strong>na</strong>lizadas e fixas <strong>de</strong> codificação.<br />
Chamarem<strong>os</strong>, neste trabalho, <strong>de</strong> “dialeto” aquelas varieda<strong>de</strong>s do alemão faladas<br />
pel<strong>os</strong> imigrantes que vieram <strong>de</strong> várias regiões da Alemanha (e Europa) para o Brasil<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo do século XIX.<br />
Os term<strong>os</strong> “dialeto” e “varieda<strong>de</strong>”, ou, especialmente “dialeto” e “varieda<strong>de</strong> regio<strong>na</strong>l”<br />
são, em n<strong>os</strong>so ver, praticamente intercambiáveis. Não obstantes, farem<strong>os</strong> uma<br />
distinção terminológica para facilitar a leitura. Para referir, neste estudo, às formas,<br />
do português e do alemão, faladas hoje em dia no Brasil, preferim<strong>os</strong> o termo<br />
“varieda<strong>de</strong>”, reservando a <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção “dialeto” para <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> estági<strong>os</strong> origi<strong>na</strong>is<br />
do alemão falad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> imigrantes.<br />
Uma “varieda<strong>de</strong>” não é limitada a uma extensão geográfica, ela po<strong>de</strong> tanto<br />
compreen<strong>de</strong>r também uma extensão social. Para essa existe o termo “socioleto”,<br />
porém, não farem<strong>os</strong> a distinção entre <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s neste<br />
trabalho. Para <strong>os</strong> fins <strong>de</strong>ste estudo, basta o termo “varieda<strong>de</strong>”, já que a n<strong>os</strong>sa<br />
pesquisa inclui a análise tanto <strong>de</strong> fatores sociais quanto geográfic<strong>os</strong>, quanto<br />
também individuais. Sendo assim, trata-se, no caso do português e do alemão <strong>de</strong><br />
Blume<strong>na</strong>u <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssas línguas, cuj<strong>os</strong> fundament<strong>os</strong> discutirem<strong>os</strong> mais<br />
abaixo no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Heye (2003), reproduzido <strong>na</strong> figura 6.<br />
Resumim<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa <strong>de</strong>finição terminológica, após da discussão que se segue, <strong>na</strong><br />
figura 6. Verem<strong>os</strong> primeiro o caso terminológico <strong>de</strong> “varieda<strong>de</strong> em...” e “varieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>...” contato, seguindo a prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> Heye (2003), exp<strong>os</strong>ta no diagrama a seguir,<br />
para <strong>de</strong>pois dar <strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> do n<strong>os</strong>so estudo concordando com a discussão<br />
terminológica aqui exp<strong>os</strong>ta.<br />
56