os róticos intervocálicos na gramática individual de
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marcante (ver SPESSATO, 2001). Em função <strong>de</strong>sse fato, passam<strong>os</strong> à discussão <strong>de</strong><br />
dois estud<strong>os</strong> sobre o contato entre o PB e o italiano no Sul, para ressaltar p<strong>os</strong>síveis<br />
fatores em comum com o caso da varieda<strong>de</strong> do PB em Blume<strong>na</strong>u sob a influência<br />
do contato lingüístico com o alemão.<br />
3.2.1 Consi<strong>de</strong>rações sobre contato <strong>de</strong> línguas<br />
Fenômen<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong> ligad<strong>os</strong> ao contato entre línguas são estudad<strong>os</strong> sob várias<br />
perspectivas, aplicando-se uma gran<strong>de</strong> gama <strong>de</strong> teorias e metodologias diversas. Na<br />
lingüística, que não é a única ciência que se interessa pelo campo, há muitas<br />
discipli<strong>na</strong>s e sub-discipli<strong>na</strong>s que se preocupam com o contato lingüístico no seu<br />
sentido mais amplo, entre elas a lingüística contrastiva, teorias <strong>de</strong> bilingüismo e<br />
bilingualida<strong>de</strong> e a abordagem sociolingüística às línguas em contato. Consi<strong>de</strong>rando<br />
tal diversificação, não é <strong>de</strong> se admirar que nessa área <strong>de</strong> estud<strong>os</strong> se encontre um<br />
uso terminológico <strong>na</strong>da unificado, parcialmente concorrente e muito específico em<br />
cada uma das suas subáreas. Embora tratem<strong>os</strong> da questão teórica e <strong>de</strong> n<strong>os</strong>sa<br />
abordagem do fenômeno n<strong>os</strong> capítul<strong>os</strong> 4 e 5, julgam<strong>os</strong> necessário reservar um<br />
espaço nesta seção para esclarecer a nomenclatura utilizada nesta tese. Há dois<br />
grup<strong>os</strong> maiores (interligad<strong>os</strong>] <strong>de</strong> term<strong>os</strong> que são importantes neste ponto <strong>de</strong> n<strong>os</strong>so<br />
trabalho. O primeiro grupo recobre term<strong>os</strong> como “língua”, “varieda<strong>de</strong>”, “dialeto”,<br />
“padrão”, “socioleto”, e outr<strong>os</strong> similares que se inserem nesse ramo. O segundo<br />
grupo contém term<strong>os</strong> como “bilingüismo”, “bilingualida<strong>de</strong>”, “monolingüismo”,<br />
“contato <strong>de</strong> línguas” e “interferência”, abrangendo também term<strong>os</strong> do tipo “variação”<br />
e “mudança”.<br />
Discutir tod<strong>os</strong> esses term<strong>os</strong> <strong>de</strong> maneira aprofundada não cabe neste trabalho, e<br />
nem faz parte do seu objetivo. Portanto, limitar-n<strong>os</strong>-em<strong>os</strong> a esclarecer o uso que<br />
farem<strong>os</strong> <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>sses term<strong>os</strong> principais, começando <strong>de</strong> “língua”, “dialeto” e<br />
“varieda<strong>de</strong>”.<br />
Não existe uma única <strong>de</strong>finição reconhecida e unificadamente utilizada para<br />
distinguir uma “língua” <strong>de</strong> um “dialeto”. Muitas vezes, a <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> uma ou<br />
outra varieda<strong>de</strong> como “língua própria”, ou então como “dialeto <strong>de</strong> uma língua”, não<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores lingüístic<strong>os</strong>, mas sim <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações políticas, sócio-<br />
históricas, entre outras. Neste trabalho, suponham<strong>os</strong> as fronteiras entre “língua” e<br />
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