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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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3 Variação geográfica e línguas em contato<br />

No capítulo 2 m<strong>os</strong>tram<strong>os</strong> a gran<strong>de</strong> variação, assim como a riqueza <strong>de</strong> formas<br />

variantes que <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> apresentam no PB, e apresentam<strong>os</strong> algumas p<strong>os</strong>ições<br />

divergentes <strong>na</strong> discussão sobre o status fonológico d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> em p<strong>os</strong>ição<br />

intervocálica. Vim<strong>os</strong> que há fortes indíci<strong>os</strong> que apontam para um papel importante<br />

que a região geográfica exerce sobre a variação d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB. Neste capítulo<br />

g<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> expor primeiramente alguns aspect<strong>os</strong> gerais a respeito da variação<br />

geográfica d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>, tais como apontad<strong>os</strong> por estud<strong>os</strong> <strong>na</strong> área, para, em seguida,<br />

focalizarm<strong>os</strong> n<strong>os</strong>sa atenção no caso específico <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s regio<strong>na</strong>is do PB em<br />

contato com outras línguas no Sul do Brasil (seção 3.1).<br />

Para a análise do contato <strong>de</strong> línguas no Sul, seguim<strong>os</strong> a prop<strong>os</strong>ta a<strong>na</strong>lítica <strong>de</strong> Heye<br />

(2003), bem como seu instrumental terminológico, a ser apresentado <strong>na</strong> seção<br />

3.2.1. Antes <strong>de</strong> falarm<strong>os</strong> sobre o contato entre o alemão e o PB em Blume<strong>na</strong>u,<br />

revisarem<strong>os</strong>, <strong>na</strong> seção 3.2.2, dois estud<strong>os</strong> (SPESSATO, 2001; MARGOTTI, 2004) que<br />

a<strong>na</strong>lisam a influência do contato entre o italiano e o PB no Sul, e cuj<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

apresentam a<strong>na</strong>logias interessantes com o contato entre o alemão e o PB.<br />

Introduzim<strong>os</strong> essas a<strong>na</strong>logias, <strong>na</strong> seção 3.3.1, através <strong>de</strong> uma sinopse do contexto<br />

sócio-histórico da imigração e do contato lingüístico <strong>na</strong> região, para em seguida<br />

(seção 3.3.2) fazerm<strong>os</strong> uma análise contrastiva do quadro fonético-fonológico d<strong>os</strong><br />

rótic<strong>os</strong> no alemão e no PB. G<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> salientar o caráter complexo do contato<br />

entre o alemão e o PB <strong>na</strong> região, o que n<strong>os</strong> inibe, a n<strong>os</strong>so ver, <strong>de</strong> tirar conclusões<br />

meramente com base em uma sup<strong>os</strong>ta interferência. No fi<strong>na</strong>l da seção sobre<br />

Blume<strong>na</strong>u (em 3.3.3), tentarem<strong>os</strong> m<strong>os</strong>trar que a situação <strong>de</strong> contato entre as<br />

línguas po<strong>de</strong> ser interpretada antes como um pano <strong>de</strong> fundo para a análise do<br />

fenômeno lingüístico em questão, do que como o instrumento <strong>de</strong> análise<br />

propriamente dito. Como instrumento <strong>de</strong> análise propriamente dito, proporem<strong>os</strong> o<br />

olhar funcio<strong>na</strong>l para a emergência fonético-fonológica, o que será discutido no<br />

capítulo 4. A abordagem do contexto sócio-histórico <strong>de</strong> Lages (3.4) focaliza <strong>na</strong><br />

questão <strong>de</strong> eventual efeito lingüístico pela colonialização alemã também nessa<br />

região e avalia potenciais influências que po<strong>de</strong>riam estar atuando no quadro <strong>de</strong><br />

estabilida<strong>de</strong> / instabilida<strong>de</strong> da varieda<strong>de</strong> lagea<strong>na</strong>.<br />

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