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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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A variação <strong>de</strong>ssas formas, segundo <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Silva, não é nem totalmente<br />

arbitrária, nem totalmente categórica, e sim, p<strong>os</strong>suir aspect<strong>os</strong> categóric<strong>os</strong> e<br />

arbitrári<strong>os</strong>. Como fator <strong>de</strong>cisivo <strong>na</strong> realização <strong>de</strong> uma ou outra variante, Silva<br />

exami<strong>na</strong> a influência da fronteira fonológica adjacente. Seus dad<strong>os</strong> m<strong>os</strong>tram que:<br />

„[...] a espirantização da vibrante varia em função da força <strong>de</strong> fronteira adjacente a<br />

/r/, tal que quanto mais forte a fronteira, mais o segmento ten<strong>de</strong> a vibrante.<br />

Inversamente, quanto mais fraca essa fronteira, mais o segmento ten<strong>de</strong> a uma<br />

fricativa.“ (SILVA, 1999, apud SILVA et alii, 2001:95).<br />

Para o n<strong>os</strong>so estudo, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Silva são <strong>de</strong> elevada importância no que<br />

concerne à questão do intermediário articulatório. Tanto n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da autora,<br />

quanto n<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> aparecem formas que apresentam características <strong>de</strong> vibrante e<br />

<strong>de</strong> fricativa ao mesmo tempo. Voltarem<strong>os</strong> a essa questão quando discutirm<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

trabalh<strong>os</strong> <strong>de</strong> Spessato (2001) e Margotti (2004) <strong>na</strong> seção 3.2.2 e <strong>de</strong>pois, ao expor <strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, <strong>na</strong>s capítul<strong>os</strong> 5 e 6.<br />

A saliência que Silva et alii (2001) atribuem à questão da intravariabilida<strong>de</strong><br />

<strong>individual</strong> também se reflete <strong>na</strong> discussão do indivíduo bilíngüe membro <strong>de</strong> uma<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala sob contato entre línguas (ver FÖLDES, 1999 e 2002, <strong>na</strong> seção<br />

3.3.3) e <strong>na</strong> discussão d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> (capítul<strong>os</strong> 5 e 6). No entanto, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> Silva et alii (2001) concernentes à fronteira pr<strong>os</strong>ódica não po<strong>de</strong>m ser aplicadas,<br />

por a<strong>na</strong>logia direta, a<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> intervocálic<strong>os</strong>, objeto <strong>de</strong>sta pesquisa, uma vez que<br />

as fronteiras adjacentes, a princípio, são iguais, tanto no caso vogal, seguido por r-<br />

simples, seguido por vogal (doravante V-r-V), como no caso vogal, seguido por r-<br />

duplo, seguido por vogal (doravante V-rr-V). Não obstante, consi<strong>de</strong>ram<strong>os</strong> a<br />

p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma influência suprassegmental também em n<strong>os</strong>so caso. Portanto,<br />

exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> (comparar 5.3) a p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a p<strong>os</strong>ição do acento lexical, que se<br />

realiza através <strong>de</strong> mei<strong>os</strong> suprassegmentais, influenciar a escolha do rótico também.<br />

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