os róticos intervocálicos na gramática individual de
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2.3.3 Uma abordagem fonético-fonológica dinâmica – por Silva<br />
(SILVA, ALBANO, 1999; SILVA et alii, 2001)<br />
Embora o trabalho <strong>de</strong> Silva (SILVA, ALBANO, 1999; SILVA et alii, 2001) difira, no<br />
seu foco principal, d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> <strong>na</strong>s subseções anteriores, por abordar<br />
especialmente as formas <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong> em p<strong>os</strong>ição pré-vocálica em início <strong>de</strong> palavra,<br />
acreditam<strong>os</strong> que forneça uma contribuição para aspect<strong>os</strong> importantes da análise<br />
d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> também <strong>na</strong> p<strong>os</strong>ição intervocálica. Além disso, a interpretação <strong>de</strong> Silva<br />
<strong>de</strong>staca-se entre as <strong>de</strong>mais, pela sua incorporação do aspecto fonético <strong>na</strong><br />
representação fonológica, a partir da qual chega a <strong>de</strong>senvolver um mo<strong>de</strong>lo das<br />
realizações fonéticas <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong> ao longo <strong>de</strong> um contínuo físico, incluindo as formas:<br />
1) tepe alveolar [ɾ]<br />
2) vibrante alveolar [r]<br />
3) variantes fricativas ([x], [X], [h] e [ɦ])<br />
4) como também as variantes, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das pela autora <strong>de</strong> “vibrantes<br />
espirantizadas”.<br />
Já comparam<strong>os</strong> anteriormente esse último tipo <strong>de</strong> rótico com as realizações<br />
intermediárias retratadas, entre outr<strong>os</strong>, por Spessato (2001) e Margotti (2004).<br />
Agora passam<strong>os</strong> a m<strong>os</strong>trar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> acústic<strong>os</strong> principais <strong>de</strong> Silva. As formas<br />
exami<strong>na</strong>das pela autora se encaixam em uma escala gradiente da seguinte<br />
maneira:<br />
tepe alveolar > vibrante alveolar > vibrante espirantizada > fricativa<br />
(vibrante hipoarticulada) > (vibrante) > (vibrante hiperarticulada)<br />
Figura 5. Diagrama da escala <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> vibração, adaptada <strong>de</strong> Silva e Albano<br />
(1999:2211).<br />
Silva sugere a a<strong>na</strong>logia da gradiência contínua <strong>de</strong>ssas formas com o grau <strong>de</strong><br />
vibração das mesmas. A autora chama o tepe <strong>de</strong> “vibrante hipoarticulada”, porque<br />
apresenta uma abreviação do gesto articulatório <strong>de</strong> vibração (somente uma oclusão<br />
do tepe em vez das, tipicamente, três oclusões <strong>na</strong> vibrante propriamente dita), e<br />
<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong> as variantes espirantizadas ou fricativas <strong>de</strong> “vibrante hiperarticulada”,<br />
porque apresentam um afrouxamento do gesto articulatório <strong>de</strong> vibração.<br />
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