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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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Para justificar sua interpretação, Mo<strong>na</strong>retto (1997) toma como ponto <strong>de</strong> partida o<br />

mo<strong>de</strong>lo do Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong> 32 (Sonority Cycle) para a boa-formação silábica,<br />

origi<strong>na</strong>lmente prop<strong>os</strong>to por Clements (1990, apud Mo<strong>na</strong>retto, 1997:150). O mo<strong>de</strong>lo<br />

é baseado em dois princípi<strong>os</strong>, o primeiro, o princípio da Silabação <strong>de</strong> Base (Core<br />

Syllabification), <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> que <strong>os</strong> segment<strong>os</strong> se silabificam <strong>de</strong> maneira que o grau<br />

<strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma sílaba primeiro cresça e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>cresça. O segundo,<br />

o princípio da Dispersão (Dispersion), restringe a formação <strong>de</strong> ataques (dispersão<br />

sonora máxima entre ataque e núcleo) e codas complexas (dispersão sonora mínima<br />

entre núcleo e coda). Em outras palavras, <strong>os</strong> valores <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

sílaba bem-formada, segundo o princípio da sonorida<strong>de</strong>, formam uma curva cuja<br />

subida é mais íngreme do que o seu <strong>de</strong>clínio.<br />

0 1 2 3 4 5<br />

oclusivas - vibrante/fricativas - <strong>na</strong>sais - laterais - tepe/gli<strong>de</strong>s - vogais<br />

Figura 4. Diagrama da escala <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong> adaptada por Mo<strong>na</strong>retto (1997:150).<br />

Para satisfazer <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> da Silabação <strong>de</strong> Base e da Dispersão <strong>na</strong> distribuição<br />

d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>, o ataque ótimo consiste em uma realização do “r-forte” e a coda ótima<br />

consiste no tepe. A escolha <strong>de</strong> variantes pelo Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong> é confirmada<br />

pel<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> que Mo<strong>na</strong>retto (1997) apresenta. Porém, pelo Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong>,<br />

também seria escolhida sempre uma realização do “r-forte” para o contexto<br />

intervocálico. Ou seja, não haveria a manifestação <strong>de</strong> tepe, nem no contexto <strong>de</strong><br />

“caro”. Para essa p<strong>os</strong>ição silábica, a autora assume que a interpretação distintiva<br />

entre o “r-forte” e o tepe se dá por meio <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> associação. Ou seja, o princípio<br />

do Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong> não se aplica nesse caso (ver figura 3).<br />

32 Em sua tese, Mo<strong>na</strong>retto (1997) traduz o termo como ”Ciclo <strong>de</strong> Soância”, para evitar a<br />

confusão com o termo “Sonorida<strong>de</strong>”, porém, em trabalho p<strong>os</strong>terior (MONARETTO,<br />

QUEDNAU, HORA, 2001), a autora utiliza “Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong>”, versão que adotarem<strong>os</strong><br />

aqui.<br />

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