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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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uma regra não po<strong>de</strong>m atingir simultaneamente traç<strong>os</strong> que se encontram or<strong>de</strong><strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

sob nós diferentes.<br />

Enquanto se fundamenta <strong>na</strong> Geometria d<strong>os</strong> Traç<strong>os</strong> para interpretar o contraste<br />

entre <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> intervocálic<strong>os</strong>, Mo<strong>na</strong>retto (1997) também segue a prop<strong>os</strong>ta do Ciclo<br />

<strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong> para explicar as diferenças <strong>na</strong> realização fonética <strong>na</strong>s <strong>de</strong>mais<br />

p<strong>os</strong>ições da sílaba. O Ciclo <strong>de</strong> Sonorida<strong>de</strong> é um mo<strong>de</strong>lo para a boa formação das<br />

sílabas, o qual será apresentado quando falarm<strong>os</strong> da interpretação <strong>de</strong> Mo<strong>na</strong>retto<br />

(1997) acerca da variação d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> <strong>na</strong>s p<strong>os</strong>ições silábicas on<strong>de</strong> não há contraste<br />

fonológico. Os dad<strong>os</strong> em que a autora baseia a sua interpretação do status<br />

fonológico d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB foram extraíd<strong>os</strong> do banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> do projeto VARSUL,<br />

do qual foram utilizadas as entrevistas <strong>de</strong> 12 informantes <strong>de</strong> cada uma das três<br />

cida<strong>de</strong>s escolhidas, quais sejam, Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre<br />

(RS). A autora consi<strong>de</strong>ra quatro variantes <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong>:<br />

1) a vibrante alveolar [r]<br />

2) a “vibrante p<strong>os</strong>terior” 26, como é chamada pela autora<br />

3) o tepe [ɾ]<br />

4) a retroflexa (não especificada, po<strong>de</strong>ndo ser [ɻ] ou [ɽ])<br />

Pela análise quantitativa realizada, a variável lingüística que exerce a maior<br />

influência no comportamento d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> é a “p<strong>os</strong>ição <strong>na</strong> sílaba”, controlada <strong>de</strong><br />

acordo com <strong>os</strong> cinco fatores seguintes:<br />

i) ataque, em início <strong>de</strong> palavra<br />

ii) ataque, no interior <strong>de</strong> palavra, precedido por consoante<br />

iii) entre vogais 27<br />

iv) <strong>na</strong> coda, no interior <strong>de</strong> palavra<br />

v) <strong>na</strong> coda, em fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> palavra.<br />

A variável extralingüística apontada como a <strong>de</strong> maior atuação é o “grupo<br />

geográfico”, ou, como a autora também o <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>, a etnia, cuj<strong>os</strong> fatores são as<br />

três cida<strong>de</strong>s a<strong>na</strong>lisadas <strong>na</strong> am<strong>os</strong>tra (Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre).<br />

26 “[...] vibrante p<strong>os</strong>terior produzida com uma oclusão ou fricção do dorso da língua em<br />

contato com o véu palatino ou com a úvula” (MONARETTO 1997:26). Ou seja, trata-se,<br />

provavelmente, da fricativa velar [x] ou <strong>de</strong> uma variante uvular, fricativa [ʁ] ou [X] ou,<br />

talvez, vibrante [R].<br />

27 Para essa p<strong>os</strong>ição a autora exami<strong>na</strong> exclusivamente o r-duplo.<br />

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