10.01.2013 Views

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Apresentam<strong>os</strong> nesta seção um d<strong>os</strong> fenômen<strong>os</strong> conso<strong>na</strong>ntais mais complex<strong>os</strong> da<br />

fonética do PB. Na seção seguinte, tratarem<strong>os</strong> d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> fonológic<strong>os</strong> e das<br />

interpretações controversas do problema em questão.<br />

2.3 A discussão fonológica d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> do PB<br />

Para a interpretação fonológica d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> há duas perguntas fundamentais às<br />

quais <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> da área procuram respon<strong>de</strong>r.<br />

1) Qual é a estrutura (fonêmica ou subjacente) d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>?<br />

2) E como se explica (fonologicamente) a sua variação fonética?<br />

As p<strong>os</strong>ições que apresentam<strong>os</strong> nesta seção divergem, principalmente, quanto ao<br />

aspecto relativo ao número <strong>de</strong> fonemas <strong>de</strong> rótico no português. Entre <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong><br />

discutid<strong>os</strong> aqui, há dois estud<strong>os</strong> que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a distribuição d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> em dois<br />

fonemas, Câmara Jr. (1977) para o PB e Mateus (1984) para o PE. Entre <strong>os</strong><br />

<strong>de</strong>fensores <strong>de</strong> um só fonema <strong>de</strong> rótico há uma subdivisão segundo as interpretações<br />

<strong>de</strong>sse fonema e a explicação <strong>de</strong> sua variação fonética. Câmara Jr. (1953) toma o<br />

chamado “r-forte” como o fonema e interpreta o “r-fraco” como uma forma<br />

enfraquecida. Mateus e Andra<strong>de</strong> (2000) interpretam o tepe alveolar [ɾ] como<br />

elemento subespecificado <strong>na</strong> estrutura subjacente, que se realiza foneticamente por<br />

formas vibrantes fricativas através <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> superficialização, que por sua vez<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da p<strong>os</strong>ição <strong>na</strong> sílaba. Mo<strong>na</strong>retto (1997) toma o tepe alveolar [ɾ] como<br />

fonema subjacente e explica as ocorrências <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> “r-forte” por um tipo <strong>de</strong><br />

gemi<strong>na</strong>ção. Por se tratar <strong>de</strong> um estudo recente, <strong>de</strong>dicado exclusivamente a<strong>os</strong><br />

rótic<strong>os</strong> e que, além do mais, trabalha com material empírico coletado no Sul do<br />

Brasil, exami<strong>na</strong>rem<strong>os</strong> sua p<strong>os</strong>ição com maior atenção <strong>na</strong> seção 2.3.2. Antes disso,<br />

retratam<strong>os</strong>, <strong>na</strong> seção 2.3.1, as p<strong>os</strong>ições mencio<strong>na</strong>das acima, consi<strong>de</strong>rando também<br />

<strong>os</strong> seus argument<strong>os</strong> diacrônic<strong>os</strong>. Para concluir a seção 2.3, retomam<strong>os</strong> a<br />

abordagem <strong>de</strong> Silva e Albano (1999) e Silva et alii (2001) (2.3.3), já mencio<strong>na</strong>da<br />

anteriormente. Embora, nesses trabalh<strong>os</strong>, Silva não tome partido quanto à questão<br />

do status fonológico d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>, acreditam<strong>os</strong> que a sua abordagem traz à to<strong>na</strong> uma<br />

interpretação alter<strong>na</strong>tiva <strong>na</strong> explicação da variação d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>.<br />

40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!