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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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várias línguas roma<strong>na</strong>s 20, é o enfraquecimento, e até o apagamento, do “r”-fi<strong>na</strong>l,<br />

especialmente em fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> palavra, mas também parcialmente <strong>na</strong> p<strong>os</strong>ição fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />

sílaba inter<strong>na</strong> da palavra (ver CALLOU, MORAES, LEITE, 1996, <strong>na</strong> seção 3.1).<br />

Lembrando a <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção convencio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> “r-fraco” vs. “r-forte”, já problematizada<br />

anteriormente, seria p<strong>os</strong>sível dizer que, entre as variantes acima <strong>de</strong>scritas, a<br />

variante n o. 2 (o tepe alveolar [ɾ]) encaixa-se <strong>na</strong> categoria “r-fraco”, e as variantes<br />

n <strong>os</strong>. 1, 5, 6 e 7 (ou seja, a vibrante alveolar e todas as variantes fricativas), <strong>na</strong><br />

categoria “r-forte”. No entanto, em n<strong>os</strong>sa listagem <strong>de</strong> variantes, encontram-se três<br />

variantes (as variantes aproximantes e retroflexas, númer<strong>os</strong> 3a, 3b e 4), cuja<br />

relação com a dicotomia “fraco-forte” não está clara <strong>de</strong> modo algum.<br />

2.2.2 As variantes aproximantes e retroflexas<br />

Voltando ao tópico da tendência, aparentemente geral no PB, <strong>de</strong> p<strong>os</strong>teriorização d<strong>os</strong><br />

rótic<strong>os</strong>, há autores que falam sobre uma tendência <strong>de</strong> substituição da vibrante<br />

alveolar [r] por variantes fricativas mais p<strong>os</strong>teriormente articuladas, e até do<br />

<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong>sta vibrante. A manutenção, pelo men<strong>os</strong> parcial, da vibrante<br />

alveolar é observada em algumas varieda<strong>de</strong>s regio<strong>na</strong>is por autores como Cagliari<br />

(1981), <strong>na</strong> varieda<strong>de</strong> paulista, e Marquardt (1977) e Mo<strong>na</strong>retto (1997), <strong>na</strong>s<br />

varieda<strong>de</strong>s do Sul. Silva e Albano (1999) e Silva et alii (2001) apresentam uma<br />

interpretação fonético-fonológica da passagem gradiente da vibrante alveolar a<br />

variantes fricativas (no caso, com foco <strong>na</strong>s variantes que ocorrem em início <strong>de</strong><br />

vocábulo.)<br />

“[...] a realização d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> po<strong>de</strong> se dar ao longo <strong>de</strong> um contínuo físico, i.e, em<br />

dialet<strong>os</strong> on<strong>de</strong> <strong>os</strong> falantes ainda produzem a vibrante alveolar, em alternância com a<br />

fricativa velar, po<strong>de</strong>m ocorrer sons intermediári<strong>os</strong> a esses dois, as chamadas<br />

`vibrantes espirantizadas´”. (SILVA, 1999, apud SILVA et alii, 2001:95).<br />

Com esta espirantização, ou fricativização, como tendência <strong>de</strong> p<strong>os</strong>teriorização da<br />

vibrante alveolar, chegam<strong>os</strong> a um tipo intermediário ao qual pertencem também as<br />

variantes classificadas como “aproximantes” <strong>na</strong>s duas figuras acima. Essa n<strong>os</strong>sa<br />

classificação é bastante aproximativa, já que reúne <strong>na</strong> mesma linha <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

20 Por exemplo: o PE, o castelhano andaluz, varieda<strong>de</strong>s latino-america<strong>na</strong>s do castelhano e<br />

também algumas varieda<strong>de</strong>s do italiano (ver NOLL, 1999; BONET, MASCARÓ, 1997).<br />

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