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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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intervocálico, consi<strong>de</strong>rando-o em seu sentido mais amplo, isto é: <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> que<br />

ocorrem em vocábul<strong>os</strong> entre duas vogais, como, p. ex., “cachorro”, “choro”, “murro”,<br />

“muro”, etc.<br />

A relação entre cada uma das duas formas, o r-simples e r-duplo, como são<br />

diferenciadas no léxico e <strong>na</strong> convenção ortográfica, e a sua realização fonética é<br />

complexa. Para ambas as formas existem várias realizações fonéticas 7. Na<br />

terminologia fonética orientamo-n<strong>os</strong>, neste trabalho, pelas convenções do alfabeto<br />

fonético inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l da IPA 8 <strong>na</strong> sua revisão <strong>de</strong> 2005. Isto é, quando não<br />

recorrem<strong>os</strong> a <strong>de</strong>scrições perceptuais e acústicas mais <strong>de</strong>talhadas d<strong>os</strong> sonogramas<br />

usad<strong>os</strong> neste trabalho. Na seção 2.2 apresentam<strong>os</strong> uma breve introdução às formas<br />

fonéticas d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no PB que abrangem realizações <strong>de</strong> tepe, vibrantes, fricativas,<br />

retroflexas e aproximantes em várias zo<strong>na</strong>s <strong>de</strong> articulação.<br />

A questão terminológica mais <strong>de</strong>safiadora diz respeito à <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção fonológica, da<br />

qual tratarem<strong>os</strong> <strong>de</strong> maneira mais ampla <strong>na</strong> seção 2.3. G<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> chamar a<br />

atenção aqui para um d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> que tor<strong>na</strong> essa questão tão intrigante. Existe<br />

uma tendência a se diferenciar o chamado “r-fraco” do chamado “r-forte”. Essa<br />

<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção, apesar <strong>de</strong> comum <strong>na</strong> literatura da área, pelo men<strong>os</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a obra <strong>de</strong><br />

Câmara Jr. (1953), é ambígua porque esse antagonismo fraco-forte sugere a idéia<br />

<strong>de</strong> dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótico. Mas quais seriam estes dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótico? Não po<strong>de</strong> tratar-<br />

se <strong>de</strong> duas formas fonéticas, porque já vim<strong>os</strong> que há mais do que duas. Tampouco<br />

servem, e não são usad<strong>os</strong>, para referência à distinção intervocálica no seu sentido<br />

lexical o ortográfico. Esses dois tip<strong>os</strong> po<strong>de</strong>riam se referir a dois fonemas diferentes,<br />

contudo, a maioria d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> argumenta em favor da existência <strong>de</strong> ape<strong>na</strong>s um<br />

fonema <strong>de</strong> rótico no PB (ver seção 2.3). É aqui que se encontra a ambigüida<strong>de</strong>,<br />

aumentada ainda pelo fato <strong>de</strong>sta convenção terminológica ser encontrada n<strong>os</strong><br />

mesm<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a existência <strong>de</strong> um só fonema 9. Resumindo a<br />

7 No caso do r-simples, o uso do tepe alveolar [ɾ] é quase categórico, porém, como<br />

m<strong>os</strong>tram<strong>os</strong> n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da n<strong>os</strong>sa pesquisa, po<strong>de</strong> haver exceções, e portanto <strong>de</strong>vem<strong>os</strong><br />

pr<strong>os</strong>seguir com cautela para não adotar um padrão fonético já neste ponto do n<strong>os</strong>so estudo.<br />

8 Convenções <strong>de</strong> transcrição da Associação Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Fonética (Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Phonetic<br />

Association) disponíveis no site . A classificação<br />

das consoantes pela IPA é articulatória, fato que tor<strong>na</strong>rá necessária a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scrições fonético-perceptuais neste trabalho.<br />

9 A noção <strong>de</strong> dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótico no PB também parece fazer parte da percepção do falante<br />

leigo. Não estam<strong>os</strong> cientes <strong>de</strong> trabalh<strong>os</strong> que abor<strong>de</strong>m essa questão, porém, Mateus (1982)<br />

comenta o tema, em relação a<strong>os</strong> falantes do PE. (Ver também a seção 2.3).<br />

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