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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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exami<strong>na</strong>ndo a influência exercida pelo alemão <strong>na</strong> formação da varieda<strong>de</strong> do PB <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u, contrastando o perfil sócio-histórico e lingüístico <strong>de</strong> ambas as cida<strong>de</strong>s.<br />

A escolha <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato lingüístico é motivada pela razão a<br />

seguir. N<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> que visam a variação d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> no Sul do Brasil, o fator<br />

“região” revela-se importante, o que leva <strong>os</strong> autores <strong>de</strong>sses estud<strong>os</strong> a concluir que<br />

junto ao fator “região” estejam atuando <strong>os</strong> fatores “etnia” e “origem <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contato lingüístico”. O n<strong>os</strong>so principal motivo para escolher Blume<strong>na</strong>u como<br />

uma das duas cida<strong>de</strong>s em comparação, é o interesse em aprofundar o<br />

conhecimento sobre as p<strong>os</strong>síveis influências do alemão <strong>na</strong> fala <strong>de</strong> indivídu<strong>os</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

comunida<strong>de</strong>. E escolhem<strong>os</strong> Lages, para trabalhar com mais uma varieda<strong>de</strong>,<br />

relativamente próxima em term<strong>os</strong> geográfic<strong>os</strong> e sócio-históric<strong>os</strong> (Blume<strong>na</strong>u e Lages<br />

distam aproximadamente 239 km <strong>de</strong> distância uma da outra), mas que não<br />

representa a presença <strong>de</strong> um contato com o alemão 5.<br />

1.4 A estrutura e o perfil <strong>de</strong>ste trabalho<br />

Começarem<strong>os</strong>, no capítulo 2, com a revisão da literatura científica no que concerne<br />

à <strong>de</strong>scrição e discussão fonético-fonológica d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> do PB. Debruçamo-n<strong>os</strong> sobre<br />

a <strong>de</strong>limitação do n<strong>os</strong>so objeto <strong>de</strong> estudo e a questão da terminologia usada (2.1).<br />

Para a <strong>de</strong>scrição fonética, apresentam<strong>os</strong>, <strong>na</strong> seção 2.2, uma visão geral d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong><br />

do PB, começando com a <strong>de</strong>scrição diacrônica a partir do trabalho <strong>de</strong> Gonçalves<br />

Via<strong>na</strong> (1883) (2.2.1) e dispensando uma atenção especial para as variantes<br />

aproximantes e retroflexas (2.2.2) que constituem um grupo <strong>de</strong> formas fonéticas<br />

difícil <strong>de</strong> ser encaixado <strong>na</strong> dicotomia “r-fraco vs. r-forte”. Em 2.3 apresentam<strong>os</strong> a<br />

discussão da parte fonológica, especialmente sob a ótica d<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> estruturalista<br />

(CÂMARA Jr., 1953 e 1977) (2.3 e 2.3.1) e gerativo (MONARETTO, 1997) (2.3.2).<br />

Em 2.3.3 conhecem<strong>os</strong> a abordagem <strong>de</strong> Silva et alii (2001), que aponta para a<br />

gradiência das variantes e a importância da incorporação do <strong>de</strong>talhe fonético <strong>na</strong><br />

mo<strong>de</strong>lagem fonológica. Compartilhando <strong>de</strong>ssa preocupação, também nós chegam<strong>os</strong>,<br />

<strong>na</strong> n<strong>os</strong>sa argumentação, ao abandono da visão estruturalista, “<strong>de</strong>scartando” a<br />

representação por fonemas.<br />

5 Ou, pelo men<strong>os</strong>, a influência do alemão, trazido por imigrantes <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Lages, é muito<br />

inferior à presença do contato lingüístico em Blume<strong>na</strong>u até hoje em dia.<br />

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