os róticos intervocálicos na gramática individual de
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teoria da <strong>gramática</strong> emergente <strong>de</strong> Hopper (1987), pela lingüística interacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />
Selting e Couper-Kuhlen (2000) e pela teoria d<strong>os</strong> exemplares <strong>de</strong> Bybee (2001 e<br />
2005). No que concerne ao âmbito fonético-fonológico, n<strong>os</strong> pautam<strong>os</strong> pel<strong>os</strong><br />
trabalh<strong>os</strong> <strong>de</strong> De Boer (1997) sobre a emergência fonológica e pel<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong><br />
fonológic<strong>os</strong> funcio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Boersma (1998).<br />
Essa perspectiva <strong>de</strong> <strong>gramática</strong> é fundamentada <strong>na</strong> noção <strong>de</strong> língua como um<br />
sistema complexo e adaptável, no interior do qual existe uma constante disputa<br />
entre formas concorrentes para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções lingüísticas, como<br />
também entre as forças adversárias que atuam em duas direções: por um lado,<br />
rumo à convencio<strong>na</strong>lização e manutenção das formas e, por outro lado, rumo à<br />
emergência <strong>de</strong> novas formas e organização lingüística das mesmas. No âmbito<br />
fonético-fonológico, esta visão resulta no abandono do mo<strong>de</strong>lo estruturalista <strong>de</strong><br />
fonemas e o conseqüente distanciamento entre <strong>os</strong> domíni<strong>os</strong> da fonética e da<br />
fonologia.<br />
As aplicação <strong>de</strong>ssa abordagem teórica implica uma metodologia qualitativa,<br />
exploratória e focalizada no indivíduo, que aproxima <strong>os</strong> domíni<strong>os</strong> da fonética e da<br />
fonologia. Em razão disso, <strong>de</strong>senvolverem<strong>os</strong> uma análise das variantes para a<br />
realização do r-simples e do r-duplo em n<strong>os</strong>so corpus orientada pela groun<strong>de</strong>d<br />
theory <strong>de</strong> Strauss e Corbin (1990). Esse paradigma metodológico fundamenta-se,<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma teoria, no dado empírico. Seu pré-requisito<br />
principal, em relação ao n<strong>os</strong>so estudo, é uma análise aberta e exploratória do<br />
material fonético. O diferencial <strong>de</strong>ssa metodologia, em relação, por exemplo, às<br />
abordagens gerativas d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>, é o estabelecimento <strong>de</strong> critéri<strong>os</strong> e categorias<br />
somente no <strong>de</strong>correr do processo <strong>de</strong> avaliação d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>.<br />
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