os róticos intervocálicos na gramática individual de

More documents

Recommendations

Info

ealmente essa correlação, estaria explicado também o fato de termos observado mais tendências no comportamento das realizações do r-duplo do que do r-simples. No que concerne ao fenômeno descrito para os verbos, levantamos e discutimos a hipótese de que pode se tratar de um comportamento análogo à tendência, geralmente reportada para o PB, de apagamento do rótico em posição final de palavra. Em relação à segunda tendência descrita na literatura afim, isto é, a posteriorização ou fricativização dos róticos do PB, assumimos a posição de que os nossos dados apontam mais fortemente para um fenômeno de espraiamento pelo espaço articulatório. Por se tratar de uma abordagem teórica que implica uma análise empírica complexa, mas aberta, percorremos, neste estudo, vários caminhos e procedimentos metodológicos diferentes. Avaliamos a influência do contato lingüístico sobre o conjunto dos falantes e sobre cada indivíduo, realizamos um exame das freqüências em relação aos fatores lingüísticos intrínsecos e enfatizamos o potencial da auto-organização de cada sistema lingüístico individual que é a gramática do falante. Uma abordagem como esta, que visa abranger um conjunto de fatores inter- relacionados e de qualidades e dinâmicas bem diversas, chega a algumas limitações que futuros estudos poderão superar. Julgamos interessante fazer uma análise auditiva e acústica com um material empírico mais amplo, especialmente no que concerne às ocorrências por falante, e, principalmente, de uma qualidade acústica superior, tendo disponíveis gravações digitais feitas em estúdio e em campo. Com um aparato metodológico desse tipo, seria possível comparar nossos resultados fonéticos com a fala de indivíduos oriundos de outras regiões, pôr à prova os nossos resultados e corroborar ou refutar a significância do contato de línguas, dos itens lexicais mais freqüentes e da classe de palavras para o mapeamento da gramática individual. 232
Bibliografia ATLAS LINGÜÍSTICO-ETNOGRÁFICO DA REGIÃO SUL DO BRASIL (ALERS), ALTENHOFEN, Cléo V., KLASSMANN, Mário S., KOCH, Walter [orgs.] (2002) Porto Alegre: Ed. da UFRGS; Florianópolis: Ed. da UFSC; Curitiba: Ed. da UFPR. ALTENHOFEN, Cléo V. (1996) Hunsrückisch in Rio Grande do Sul. Ein Beitrag zur Beschreibung einer deutschbrasilianischen Dialektvarietät im Kontakt mit dem Portugiesischen. Mainzer Studien zur Sprach- und Volksforschung. Bd. 21. Stuttgart: Franz Steiner Verlag. ALTENHOFEN, Cléo V. (2003) O contato entre o português e as línguas de imigrantes no Brasil: O exemplo do hunsrückisch. In: SAVEDRA, Mônica; HEYE, Jürgen [orgs.] Línguas em contato. paLavra 11, Série Linguagem, Volume temático. Departamento de Letras da PUC-Rio. Rio de Janeiro: Ed. Tapera. p. 146-166. AGUILERA, Vanderci de A. (1998) A Geolingüística no Brasil. Caminhos e Perspectivas. Londrina: Ed. da UEL. ARCHANGELI, Diana (1988): Aspects of Underspecification Theory. Phonology Yearbook 5. p. 183–207. AUER, Peter (1999) Sprachliche Interaktion. Eine Einführung anhand von 22 Klassikern. Tübingen: Niemeyer. ATLAS LINGÜÍSTICO DE SERGIPE (ALS): FERREIRA, Carlota da S. et alii (1987) Salvador: Ed. da UFBA / Fundação Estadual de Cultura de Sergipe. ATLAS PRÉVIO DE FALARES BAIANOS (APFB) ROSSI, Nelson; FERREIRA, Carlota da S.; ISENSEE, Dinah (1963) Rio de Janeiro: MEC /Instituto Nacional do Livro. AZEVEDO, Milton M. (1981) A Contrastive Phonology of Portuguese and English. Washington: Georgetown University Press. BAUSCH, Karl-R.; KASPER, Gabriele (1979) Der Zweitsprachenerwerb: Möglichkeiten und Grenzen der 'großen' Hypothesen. In: Linguistische Berichte 64/79. p. 3-35. BLOOMFIELD, Leonard (2001) Die Sprache. (Tradução por Ernst Peter do original inglês “Language” (1933) New York: Henry Holt & Co.) Wien: Ed. Praesens. 233
Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATAR
Page 3:
Reinecke, Katja Os róticos intervo
Page 7 and 8:
7 Für M., für 80 Jahre.
Page 10 and 11:
Resumo Nesta tese examinamos o comp
Page 12:
Abstract In this study we present t
Page 15 and 16:
Figura 19. Diagrama dos passos anal
Page 17 and 18:
Figura 58. Quadro da distribuição
Page 19 and 20:
4 A ABORDAGEM DESTE ESTUDO 83 4.1 A
Page 22 and 23:
1 Introdução O objeto deste estud
Page 24 and 25:
3. Quais fatores lingüísticos int
Page 26 and 27:
1.3 A base empírica e o levantamen
Page 28 and 29:
O capítulo 3 representa a segunda
Page 30 and 31:
2 A discussão fonética e fonológ
Page 32 and 33:
intervocálico, considerando-o em s
Page 34 and 35:
2.2.1 Variantes de róticos no PB d
Page 36 and 37:
especificações por símbolos fon
Page 38 and 39:
várias línguas romanas 20, é o e
Page 40 and 41:
Apresentamos nesta seção um dos f
Page 42 and 43:
Além da preocupação com a realid
Page 44 and 45:
uma regra não podem atingir simult
Page 46 and 47:
σ σ σ σ σ v v v v v 1)m a ɾ 2
Page 48 and 49:
Monaretto (1997) explica a distinç
Page 50 and 51:
A variação dessas formas, segundo
Page 52 and 53:
3 Variação geográfica e línguas
Page 54 and 55:
As variedades do PB no Sul também
Page 56 and 57:
“dialeto” como relativas, situa
Page 58 and 59:
e o desenvolvimento de uma língua
Page 60 and 61:
egiões alemãs e italianas, como t
Page 62 and 63:
Em seu estudo do contato entre o it
Page 64 and 65:
Já mencionamos a crença, bastante
Page 66 and 67:
3.3.1 Contextualização sócio-his
Page 68 and 69:
1945 - 1970 1961: permissão de ret
Page 70 and 71:
já incorporada na variedade do por
Page 72 and 73:
ao inventário fonético do PB, é
Page 74 and 75:
sendo que [X] também pode ocorrer
Page 76 and 77:
No alemão é fonologicamente signi
Page 78 and 79:
inserir a questão do contato ling
Page 80 and 81:
de Santa Catarina.” 73 Castello B
Page 82 and 83:
mais estáveis, à emergência de n
Page 84 and 85:
4.1 A lingüística funcional Nos m
Page 86 and 87:
individual e após ter discutido a
Page 88 and 89:
solução de problemas comunicativo
Page 90 and 91:
Diferentemente [da abordagem funcio
Page 92 and 93:
Reunindo as contribuições das tr
Page 94 and 95:
as formas fonéticas, com sua grand
Page 96 and 97:
2001) e Cristófaro-Silva (2002 e 2
Page 98 and 99:
Nesta seção, tentamos mostrar alg
Page 100 and 101:
4) O ouvinte minimiza o número de
Page 102 and 103:
programado para desenvolver uma lis
Page 104 and 105:
forma semelhante aos humanos, uma v
Page 106 and 107:
Essa visão se distancia muito da i
Page 108 and 109:
(2003) visualiza o modelo dos exemp
Page 110 and 111:
superior de organização, porém n
Page 112 and 113:
3) DA GRAMÁTICA INDIVIDUAL À INTE
Page 114 and 115:
limites do nosso estudo empírico,
Page 116 and 117:
exigências conseqüentes da nossa
Page 118 and 119:
alemão. Escolhemos a cidade de Lag
Page 120 and 121:
estimmter Beobachtungen und eher ru
Page 122 and 123:
exemplares adaptada da proposta de
Page 124 and 125:
metodologicamente pelos entrevistad
Page 126 and 127:
informante no. Blumenau 11 avós pa
Page 128 and 129:
5.3.2 Os dados lingüísticos levan
Page 130 and 131:
A avaliação fonética orientou-se
Page 132 and 133:
no. estouro vibração aspiração
Page 134 and 135:
no. estouro vibração aspiração
Page 136 and 137:
aproximadamente 0,18s do rótico na
Page 138 and 139:
Figura 25. Oscilograma e sonograma
Page 140 and 141:
5.5 Resumo do capítulo Neste capí
Page 142 and 143:
Na seção 6.4 relacionamos os resu
Page 144 and 145:
No diagrama acima, identificamos 9
Page 146 and 147:
146 Figura 29. Oscilograma e sonogr
Page 148 and 149:
148 Figura 30. Oscilograma e Sonogr
Page 150 and 151:
ápidas diminuições e aumentos de
Page 152 and 153:
encontramo-la nas realizações de
Page 154 and 155:
vocálico desse rótico. Trata-se,
Page 156 and 157:
6.2. As variantes nos falantes das
Page 158 and 159:
Na figura acima (37) vemos os resul
Page 160 and 161:
Lages 3 6 8 12 14 16 17 20 21 24 to
Page 162 and 163:
critério de comparação forma de
Page 164 and 165:
6.3.1 As 9 variantes em relação a
Page 166 and 167:
aproximante alveolar e o tepe alveo
Page 168 and 169:
e a fricativa glotal, há níveis m
Page 170 and 171:
simples, em relação à posição
Page 172 and 173:
No caso do r-duplo, a classe dos su
Page 174 and 175:
glotal. Em segundo lugar vem uma va
Page 176 and 177:
Figura 45. Quadro do agrupamento da
Page 178 and 179:
Na figura 46 vemos, para o r-simple
Page 180 and 181:
Após a exposição e discussão, a
Page 182 and 183: comportamentos regulares evidentes
Page 184 and 185: 6.5 Resumo do capítulo Neste capí
Page 186 and 187: 7 As gramáticas individuais Neste
Page 188 and 189: inf. Blu. geração mora em Blu. de
Page 190 and 191: grau de contato menor médio maior
Page 192 and 193: aproximante e do tepe alveolar, nã
Page 194 and 195: presença do alemão na vida do ind
Page 196 and 197: que a fricativa glotal tem alta inc
Page 198 and 199: caso da uvular, os 3 dados são de
Page 200 and 201: Blumenau 11 mga fatores intrínseco
Page 202 and 203: O falante 8 de Blumenau também é
Page 204 and 205: de Blumenau, a distinção entre as
Page 206 and 207: terços das demais realizações do
Page 208 and 209: inf. Lgs Figura 61. Quadro das prop
Page 210 and 211: -duplo, enquanto as demais, a aprox
Page 212 and 213: variantes predominantes entre as re
Page 214 and 215: Entre as variantes do r-duplo, a fr
Page 216 and 217: Lages 17 fca 216 Figura 68. Quadro
Page 218 and 219: palavra mais freqüente da amostra,
Page 220 and 221: Para o r-duplo há 5 variantes dife
Page 222 and 223: Na seção a seguir comentamos, de
Page 224 and 225: parecido com o que vimos no experim
Page 226 and 227: mistura parece constituir a norma.
Page 228 and 229: Como interpretamos essa situação,
Page 230 and 231: alemão, é mais uma delimitação
Page 234 and 235: BOERSMA, Paul (1998) Functional Pho
Page 236 and 237: [orgs.] Assimilation - Abgrenzung -
Page 238 and 239: BUTTERWORTH, Brian; COMRIE, Bernard
Page 240 and 241: http://www.uni- trier.de/uni/fb2/ld
show all

os róticos intervocálicos na gramática individual de

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?