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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong> neste estudo. Apontam<strong>os</strong> às características antes graduais do que<br />

categóricas das variantes fonéticas e <strong>de</strong>screvem<strong>os</strong> duas realizações, o tepe alveolar<br />

espirantizado e a vibrante alveolar espirantizada que, pelo que saibam<strong>os</strong>, ainda não<br />

tinham sido reportadas para o PB. Em comparação com o padrão do PB, conforme<br />

<strong>de</strong>scrita <strong>na</strong> literatura afim, há, em n<strong>os</strong>so corpus, 4 variantes emergentes,<br />

resultantes <strong>de</strong> uma extensão e um aproveitamento do espaço articulatório. Essa<br />

extensão e esse aproveitamento po<strong>de</strong>m ser vist<strong>os</strong>, adotando a visão <strong>de</strong> Wildgen<br />

(2005), como indíci<strong>os</strong> <strong>de</strong> um momento emergência <strong>de</strong> novas formas. A força<br />

adversária, concebida no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Wildgen, a tendência para a auto-organização<br />

e convencio<strong>na</strong>lização das variantes, no momento da gravação d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> falantes,<br />

não se manifesta com tanto vigor <strong>na</strong>s <strong>gramática</strong>s individuais.<br />

8.3 O contato <strong>de</strong> línguas<br />

Na análise d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> biográfico-lingüístic<strong>os</strong> procuram<strong>os</strong>, no caso d<strong>os</strong> falantes <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u, distinguir entre as falantes com menor, médio e maior contato com o<br />

alemão, baseando essa classificação n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> disponíveis <strong>na</strong>s próprias entrevistas.<br />

Na comparação entre as <strong>gramática</strong>s d<strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> a que atribuím<strong>os</strong> o mesmo grau<br />

<strong>de</strong> contato, não se revelou um comportamento em comum. Ao contrário, às vezes<br />

há mais aspect<strong>os</strong> em comum entre falantes d<strong>os</strong> 3 níveis diferentes (mais, men<strong>os</strong> e e<br />

nenhum bilingualismo) do que entre <strong>os</strong> falantes com o mesmo grau <strong>de</strong><br />

contato/bilingualismo.<br />

No que concerne à classificação p<strong>os</strong>sível a partir do n<strong>os</strong>so material empírico, parece<br />

que o contato <strong>de</strong> línguas, n<strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, manifesta-se antes como um<br />

fenômeno coletivo (“região”) do que <strong>individual</strong> em term<strong>os</strong> da bilingualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada<br />

informante. A influência do contato entre o PB e o alemão <strong>na</strong> região <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u é<br />

indicada por dois aspect<strong>os</strong>, n<strong>os</strong> quais <strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u diferem bastante<br />

d<strong>os</strong> <strong>de</strong> Lages. Reportando-n<strong>os</strong> à análise comparativa entre o alemão e o PB, no<br />

capítulo 3, po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> afirmar que a preferência, <strong>na</strong> fala <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, da variante<br />

uvular em <strong>de</strong>trimento da fricativa velar, é um p<strong>os</strong>sível si<strong>na</strong>l do contato com o<br />

alemão. A variante uvular é uma realização do rótico muito freqüente no alemão,<br />

enquanto a fricativa velar não é atribuída a uma realização <strong>de</strong> erre, no alemão, e<br />

sim a uma classe <strong>de</strong> som diferentes. Um fenômeno análogo, embora mais ameno,<br />

po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> constatar para a uvular em relação à fricativa glotal. A fricativa glotal, no<br />

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